Ministra da Terra e Ambiente apela à Cooperação Internacional para a Criação de Resiliência nas Comunidades
19 maio 2023
Em evento de alto nível na Sede da ONU em Nova Iorque, Minsitra Ivete Maibaze contabiliza as ações de implementação do Quadro de Sendai.
MAPUTO, Moçambique - A Ministra da Terra e Ambiente apelou aos Estados-Membros da Organização das Nacões Unidas (ONU) a fortalecerem a cooperação entre eles, de modo a operacionalizar os mecanismos de financiamento das acções das mudanças climáticas, tendo em vista a redução da vulnerabilidade das populações e aumento da capacidade de resiliência e adaptação.
Ivete Maibaze falava esta quinta-feira, 18, na sede da ONU em Nova Iorque, no âmbito da Reunião de Revisão de Meio-Termo do Quadro de Sendai sobre Reducão do Risco de Desastres.
“Moçambique, devido a sua localização geográfica, de 2015 a 2023, registou um total de 11 ciclones tropicais que impactaram severamente na economia do país, provocando perda de vidas humanas e danos em infraestruturas críticas”, afirmou a Ministra Ivete Maibaze.
A Ministra Ivete Maibaze frisou que o governo está “ciente do nível de vulnerabilidade” e que por isso “estabeleceu normas legislativas e estratégias para a gestão e redução do risco de desastres e tem implementado instrumentos de gestão globais e regionais, entre eles o Quadro de Sendai para a Redução do Risco de Desastres”.
A dirigente assegurou que Moçambique está comprometido com a implementação de iniciativas da região da SADC, por isso hospeda o Centro de Operações Humanitárias e de Emergência da região.
O fortalecimento do quadro legal e das políticas públicas relativas à gestão e redução do risco de desastres é uma das ações-chave para implementar o Quadro de Sendai em Moçambique.
Como destaque, A Ministra mencionou que na temporada de chuvas e ciclones que terminou, foi contratado, pela primeira vez, o Seguro Soberano contra ciclones e precipitação associada. Cujo primeiro desembolso é relativo à resposta ao ciclone Freedy, de Categoria 3, ocorrido em março do ano em curso e que afetou cerca de um milhão e trezentas mil pessoas apenas em Moçambique.
Segundo a Minsitra, faz parte das prioridades de Moçambique para a implementação do Quadro de Sendai, (i) introduzir melhorias na capacidade institucional, técnica e financeira de governação do risco de desastres; (2) melhorar a capacidade de reconstrução local, prevenção e resposta aos desastres; (3) incentivar a construção de infra-estruturas resilientes, (4) fortalecer a colaboração regional e internacional, disse.
Ao concluir, a Minsitra apelou para a operacionalização dos compromissos internacioanis dos países para fortalecer plataformas de cooparação para a redução da vulnerabilidade das populações e criação de condições de resiliência e adaptação às mudanças climáticas.
Revisão intermediária do Quadro de Sendai
A revisão intermediária da implementação do Quadro de Sendai para Redução do Risco de Desastres 2015-20301 (MTR SF) faz um balanço da implementação, avalia o progresso e os desafios; identifica mudanças no contexto, questões novas e emergentes desde 2015; e examina as opções para ação acelerada e ampliada na tomada de decisão, investimento e comportamento informados sobre o risco.
À medida que nos aproximamos do ponto médio da Agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Cúpula dos ODS e do balanço global do Acordo de Paris e da Cúpula do Futuro em 2024, esta reunião de alto nível é um momento único oportunidade de galvanizar a atenção política e acelerar a ação em direção às transformações radicais que devem ocorrer se as sociedades quiserem traçar um caminho habitável dentro de limites planetários finitos.
Leia o discurso completo da Ministra da Terra e Ambiente aqui.
Escrito por
Elias Matsinhe
Chefe de Comunicação do Ministério da Terra e Ambiente de Moçambique