Comunicado de Imprensa

Oficiais Humanitários Sêniores da ONU alertam para a tripla crise em Moçambique

28 fevereiro 2025

  • Joyce Msuya, Secretária-Geral Adjunta para os Assuntos Humanitários e Coordenadora Adjunta da Ajuda de Emergência, e Carl Skau, Director Executivo Adjunto do Programa Mundial para a Alimentação (PMA), mantiveram conversações com as autoridades nacionais e locais moçambicanas, bem como com parceiros humanitários, funcionários da ONU, doadores e instituições financeiras internacionais para discutir as necessidades urgentes do país.

NOVA IORQUE/ROMA, EUA/Itália - Hoje, foi concluída uma visita conjunta a Moçambique, oficiais humanitários sêniores das Nações Unidas apelam a uma acção global urgente para fazer face um trio de crises que o país enfrenta, nomeadamente conflitos, choques climáticos e deterioração da situação socioeconómica.

Os complexos desafios deixaram milhões de pessoas necessitadas de assistência alimentar de emergência. O conflito continuo, os impactos devastadores dos recentes ciclones tropicais e a seca induzida pelo El Niño também agravaram a situação humanitária, com mulheres e raparigas a serem as mais afectadas.

Durante a visita, Joyce Msuya, Secretária-Geral Adjunta para os Assuntos Humanitários e Coordenadora Adjunta da Ajuda de Emergência, e Carl Skau, Director Executivo Adjunto do Programa Mundial para a Alimentação (WFP/PMA), mantiveram conversações com as autoridades nacionais e locais moçambicanas, bem como com parceiros humanitários, funcionários da ONU, doadores e instituições financeiras internacionais para discutir as necessidades urgentes do país.

Também viajaram para a Província de Cabo Delgado, no norte do país, encontrando-se com pessoas nos distritos de Macomia, Pemba e Mecúfi, onde o conflito e choques climáticos devastaram serviços essenciais, infra-estruturas básicas e meios de subsistência.

A escalada de violência no norte de Moçambique deslocou 715 mil pessoas, enquanto os ciclones Chido e Dikeledi afectaram 680 mil pessoas.

“As comunidades o deixaram bem claro: as suas principais prioridades são uma paz duradoura, soluções habitacionais duráveis e educação para os seus filhos”, disse a Sra. Msuya. “Estamos ansiosos por continuar a nossa parceria com o Governo de Moçambique e ajudar as pessoas necessitadas afectadas pelo conflito e choques climáticos”.

Em Mecúfi, a Sra. Msuya e o Sr. Skau visitaram um local de distribuição de alimentos apoiado pelo PMA e é administrado por parceiros locais, assistindo cerca de 5.300 pessoas que lutam para se recuperar da destruição causada pelo ciclone tropical Chido em Dezembro de 2024.

“A crise em Moçambique exige mais atenção; Encontrámos famílias devastadas pelo conflito, e o ciclone Chido veio destruir o pouco que lhes restava”, disse o Sr. Skau. “Os esforços humanitários para fornecer alimentos que salvam vidas e outra assistência precisam de mais apoio. Temos também de ajudar as pessoas a reconstruírem as suas vidas para resistirem a estas crises recorrentes”.

Apesar do aumento das necessidades humanitárias, apenas 3% do montante total de financiamento (619 milhões de dólares) necessário para alcançar 2,4 milhões de pessoas em necessidade crítica de assistência humanitária foi recebido este ano. Desse montante, o PMA precisa urgentemente de 170 milhões de dólares para fornecer assistência que salva vidas nos próximos seis meses para evitar uma crise de fome em grande escala.

“O financiamento humanitário global está sob imensa pressão”, observou a Sra. Msuya. “Não podemos abandonar os moçambicanos nesta conjuntura crítica”.

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Ana Mato Hombre

PAM/PMA
Oficial de Comunicação
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Federica D’andreagiovanni

OCHA
Chefe de Comunicação e Gestão de Informação
Helvisney dos Reis Cardoso

Helvisney dos Reis Cardoso

RCO
Conselheiro de Comunicação e Coordenação

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

OCHA
Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários
ONU
Organização das Nações Unidas
PAM/PMA
Programa Mundial de Alimentação

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa