MAPUTO, Moçambique
- Excelentíssimo Doutor Faruco Sadique, Secretário-Geral do Sindicato Nacional dos Jornalistas;
- Excelentíssimos representantes da Comissão Nacional dos Direitos Humanos e do Gabinete de Informação;
- Caros colegas das Nações Unidas; e
- Caros jornalistas e profissionais de comunicação;
Mamuca Thani! Bom dia!
É uma honra e com um profundo sentido de responsabilidade que dirijo-lhes a palavra nesta importante e oportuna formação regional em matéria de Padrões Éticos na Cobertura Jornalística na Era Digital.
Em primeiro lugar, gostaria de desculpar-me por não poder estar convosco presencialmente e desde o início da primeira formação.
Minhas senhoras e meus senhores,
As Nações Unidas reconhecem o trabalho inestimável de jornalistas e profissionais de mídia para garantir que o público seja informado e engajado.
Sem fatos, não podemos combater a desinformação e a informação falsa. Sem responsabilização, não teremos políticas fortes em vigor.
Sem liberdade de imprensa, não teremos liberdade alguma.
Uma imprensa livre não é uma escolha, mas uma necessidade.
Por isso, em nome das entidades da ONU que organizam este evento, nomeadamente ACNUDH, PNUD e UNESCO, e em meu nome próprio, agradeço por estarem aqui.
Também agradeço aos nossos parceiros estratégicos parceiros estratégicos, a Comissão dos Direitos Humanos, o Sindicado dos Jornalistas e GABINFO, pelo trabalho conjunto para a materialização das formações de Maputo, Nampula e agora na Beira.
Caros,
O Jornalismo em Moçambique tem uma história marcada por lutas, conquistas e desafios
Estamos aqui hoje reunidos, não apenas para uma simples formação, mas para reforçar o nosso compromisso coletivo com a ética, a responsabilidade e, acima de tudo, com a verdade durante a cobertura eleitoral.
Um dos aspectos mais inovadores e desafiadores que enfrentamos na era digital é a inteligência artificial.
Ela tem a capacidade de transformar o jornalismo, desde a automação de textos até a análise de grandes volumes de dados.
No entanto, também levanta questões éticas e deontológicas, como a manipulação de informações e a criação e promoção de conteúdos falsos de forma automatizada.
É neste ponto que o código de conduta dos jornalistas se torna um mecanismo orientador, especialmente em tempos eleitorais.
Por isso, há a necessidade de sua atualização e aplicação para fortalecer e não enfraquecer a integridade jornalística.
Minhas Senhoras e meus Senhores,
Ciente dessas dinâmicas, a UNESCO, em coordenação com os Estados Membros, tem liderado esforços para capacitar e proteger os profissionais de comunicação e orientá-los no uso responsável dessas novas tecnologias.
A formação de hoje é exemplo claro de tal esforço.
Aqui, gostaria de frisar a importância das mulheres jornalistas estarem presentes nesta formação. Sabemos que o ambiente é sempre mais difícel para vocês, como as evidências ao redor do mundo sugerem.
Saibam que, todos juntos, continuaremos a apoiar jornalistas na nobre missão de defender a verdade, a justiça, a transparência e a integridade democrática.
Que esta formação seja uma chamada à ação para todos nós, para que, com coragem e determinação, possamos contribuir para um país, onde a informação seja um bem comum e a verdade seja a nossa maior aliada.
Em nome das Nações Unidas, gostaria de reiterar o nosso compromisso de continuar a trabalhar com o governo, as organizações da sociedade civil, as academias, o sector privado e todos os parceiros para reforçar as capacidades de jornalistas e profissionais de mídia em Moçambique.
Desejo a todos uma ótima formação.
Tathenda! Muito obrigada!