Consolidação da Paz: Experiências de Acordos de Paz em Moçambique
16 julho 2024
- A sessão “Diálogos de Paz” tem como objetivo levar a discussão sobre a paz, reintegração e reconciliação às comunidades directamente afectadas pelos Acordos de Paz em Moçambique. Ao deslocar o foco das áreas urbanas para a periferia, queremos envolver activamente todos os cidadãos, especialmente os jovens, com os filhos dos DDRs, nos processos de construção e consolidação da paz.
MAPUTO, Moçambique
Quando: A sessão de Diálogos de Paz tem lugar a 18 de Julho das 8:00 às 12:00
Onde: Instituto Agrário de Chimoio (IAC)
Quem: Estudantes do IAC em diálogo(s) com Rogério Sitoe, presidente do Conselho Superior da Comunicação Social (CSCS), Rafael Shikhani, historiador, e Eva Trindade, comunicadora.
Contexto: O Programa DELPAZ, financiado pela União Europeia, implementado nas províncias de Manica e Tete pela Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS), e na província de Sofala pela Agência Austríaca de Cooperação (ADA), com o apoio do Fundo das Nações Unidas para o Desenvolvimento de Capital (UNCDF), trata do desenvolvimento local nas referidas províncias, através de iniciativas na área da agricultura e fortalecimento das instituições locais, promovendo a paz nas comunidades onde vivem os beneficiários do DDR e suas famílias.
A sessão “Diálogos de Paz” tem como objetivo levar a discussão sobre a paz, reintegração e reconciliação às comunidades directamente afectadas pelos Acordos de Paz em Moçambique. Ao deslocar o foco das áreas urbanas para a periferia, queremos envolver activamente todos os cidadãos, especialmente os jovens, com os filhos dos DDRs, nos processos de construção e consolidação da paz.
No IAC estudam mais de 600 jovens de todas as províncias de Moçambique, e hospeda cursos de formação para jovens (100 jovens cada curso entre março e julho 2024) das comunidades de DELPAZ (Distritos de Bárué, Macossa, Guro, Tambara e Gôndola, na Província de Manica, e Distritos de Moatize, Tsangano e Doa, na Província de Tete) para garantir uma participação mais inclusiva e intergeracional.
A transição para a paz é um processo longo e deve ser participado pelas várias gerações representativas das várias regiões que compõem o País.
Um País tão grande atravessado por múltiplos episódios de violência armada, precisa fazer a paz consigo próprio.
A paz começa nos Acordos, mas deve ser um processo assumido por todos os Moçambicanos e Moçambicanas de todas as gerações.
É neste sentido que se pretende levar a cabo um dos muitos encontros sobre os processos de paz em Moçambique envolvendo quer alguns analistas dos Acordos de Paz quer as novas gerações que são os herdeiros directos dos processos de construção da paz: o diálogo intergeracional é fundamental para que estas memórias traumáticas não se silenciem; pelo contrário serão parte da construção da democracia moçambicana.
O IAC representa também uma instituição importante na construção da moçambicanidade, e por isso recuperar essa história e realizar o evento sobre a consolidação da paz permitirá ir construindo um mosaico histórico e social do País.