NOVA IORQUE, EUA - As Nações Unidas acolhem de 15 a 19 de abril a Semana de Sustentabilidade. A ênfase durante o período, observado pela primeira vez, é o impacto de áreas como turismo, transporte, infraestrutura, energia e sustentabilidade da dívida.
Em entrevista à subsecretária-geral para a Comunicação Global das Nações Unidas, Melissa Fleming, o presidente da 78ª Assembleia Geral, Dennis Francis, disse esperar que todos os países possam ir a fundo nesta questão e voltem a comprometer-se com o tema do evento ressaltado na campanha #EscolhaSustentabilidade.
Sectores-chave na maioria das economias
Para Francis, a sustentabilidade é importante por ter “tudo a ver com o sucesso da existência no planeta”. Quanto às cinco áreas em debate, uma dedicada a cada dia, ele considera serem setores-chave na maioria das economias, que quando bem-sucedidas impulsionam o alcance do desenvolvimento sustentável.
O líder da Assembleia Geral declarou que o tema da sustentabilidade tem a ver com o aumento do fosso entre a riqueza dos mais abastados e a situação daqueles que seguem em desvantagem.
Para ele, o desenvolvimento sustentável, se e quando for alcançado, ajudará a colmatar essa lacuna, a trazer mais pessoas para o sistema e a garantir, tal como é observado nas negociações, que “ninguém seja deixado para trás”.
O líder da Assembleia Geral defende que a sustentabilidade para todos, em todo o planeta, pode ser alcançada abordando as cinco áreas essenciais do evento.
Mercado em alta no turismo
Ele deu exemplo de como o transporte integra mercados e movimenta as pessoas no mundo. No setor do turismo, por exemplo, o mercado em alta chega a US$ 3,3 bilhões.
Já na questão da infraestrutura, o foco é para a importância do setor sobre o desenvolvimento sustentável , no qual pode causar uma “virada de jogo”. Ele destacou ainda a importância da conexão entre as pessoas pelo impulso para “fazer funcionar as economias”.
Dennis Francis apontou ainda a necessidade de se construírem infraestruturas sustentáveis que tenham a capacidade para resistir a choques externos, como furacões ou ciclones.
Fome e pobreza no Sul Global
O presidente da Assembleia Geral acredita ainda que a transição para a energia verde e os carros elétricos torna-se importante nessa configuração.
Para Francis, a passagem para a energia verde é “a receita para minimizar os danos, deslocações e custos, tanto humanos como de capital”, que de uma forma inevitável surgirão se não houver medidas climáticas urgentes.
Quanto ao ciclo de dívida, que ele considera difícil de sair para várias nações, ele considera ser causa de uma crise de desenvolvimento. Por essas razões, o Sul Global “continua a existir com cerca de 860 milhões de pessoas passando fome” e aproximadamente “o mesmo número vivendo em pobreza extrema”.