Comunicado de Imprensa

O Governo do Japão renova apoio à resposta humanitária em Moçambique

28 março 2024

  • O Governo do Japão anunciou hoje o seu compromisso de financiamento adicional de cerca de 1,7 milhões de dólares para apoiar Moçambique no seu caminho para o desenvolvimento sustentável e reforçar a resposta humanitária à complexa crise no norte do país.

MAPUTO, Moçambique - O Governo do Japão anunciou hoje o seu compromisso de financiamento adicional de cerca de 1,7 milhões de dólares para apoiar Moçambique no seu caminho para o desenvolvimento sustentável e reforçar a resposta humanitária à complexa crise no norte do país. Sob a liderança do Governo de Moçambique e com a coordenação das principais instituições nacionais, o apoio do Japão será implementado através de três entidades da ONU.

O anúncio foi feito durante uma cerimónia oficial realizada hoje em Maputo, que contou com a presença de representantes do Governo de Moçambique, incluindo o Representante do Governo, Embaixador Faruque Omar Faquirá, Diretor Adjunto da Direção para Ásia e Oceania, Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique ; o Embaixador do Japão em Moçambique, Sua Excelência o Sr. Keiji Hamada; a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Sua Excelência o Embaixador do Japão, Sr. Keiji HAMADA, disse: “Em Cabo Delgado, devido aos repetidos ataques desde Outubro de 2017, mais de 700.000 pessoas tornaram-se deslocados internos e outras mais de 600.000 pessoas tornaram-se repatriadas. Neste contexto, dada a possibilidade de as disparidades económicas terem contribuído para a eclosão de ataques, tanto a assistência humanitária como a assistência ao desenvolvimento devem ser prestadas de forma continuada”.

Na TICAD 8 em 2022, o Japão reafirmou o seu compromisso de apoiar os esforços de África para fortalecer a paz, prevenindo conflitos e abordando as causas profundas dos conflitos, e reafirmou a importância do “nexo humanitário-desenvolvimento-paz”. 

O Embaixador Hamada acrescentou: “Esperamos sinceramente que os três novos projectos contribuam para a estabilização de Cabo Delgado e ajudem os moçambicanos necessitados”.

Além disso, o Representante da FAO em Moçambique, Sr. José Luis Fernandez, afirmou que as províncias do norte de Moçambique, e Cabo Delgado em particular, enfrentam desafios complexos tanto de conflitos como do impacto dos eventos climáticos e, nesse contexto, a nossa missão é mais crítico do que nunca. 

Enfatizou que o apoio generoso do Governo do Japão a este projecto permite responder directamente às necessidades urgentes dos repatriados em Cabo Delgado, com o objectivo de reconstruir e melhorar os seus meios de subsistência baseados na agricultura, concentrando-se na produção agrícola e pesqueira. 

O objectivo é melhorar a segurança alimentar e nutricional destas comunidades de forma sustentável, especialmente entre as mulheres e os jovens. 

“Previsto que beneficie 16.750 repatriados vulneráveis nos distritos de Quissanga, Mocímboa da Praia e Palma, o projecto está preparado para restaurar os seus meios de subsistência baseados na agricultura e melhorar a segurança alimentar e nutricional, reduzindo, em última análise, a dependência da ajuda”, concluiu.

“Em nome do ACNUR e das pessoas que servimos, desejo agradecer ao povo do Japão pelo seu apoio. O generoso financiamento fornecido pelo Governo do Japão tem ajudado a ONU em Moçambique durante muitos anos a apoiar milhares de pessoas deslocadas afectadas pela crise em Cabo Delgado”. 

O ACNUR orgulha-se de ser um parceiro firme do Governo do Japão em Moçambique, o novo financiamento para 2024 permitirá ao ACNUR prestar assistência crucial às populações deslocadas em Cabo Delgado, melhorando os locais onde são recebidos, fornecendo aos deslocados internos documentação civil e assistência jurídica e fornecimento de Itens de Ajuda Básica aos deslocados internos que se encontram em necessidades humanitárias agudas”, disse o Representante do ACNUR em Moçambique, Ahmed Baba Fall.

A Chefe da Missão da OIM em Moçambique, Dra. Laura Tomm-Bonde, comentou que “a adopção de uma abordagem de soluções duradouras é crucial para responder ao número crescente de repatriados, que ultrapassou os 600.000 em Dezembro de 2023, juntamente com os deslocamentos contínuos; A OIM está empenhada em defender soluções duradouras para os repatriados, deslocados internos e comunidades afectadas". 

"O projeto financiado pelo Japão visa atingir os repatriados, os deslocados internos e as pessoas das comunidades afetadas, incluindo mulheres, homens e jovens, para apoiar as pessoas a aumentarem a sua resiliência para promover soluções duradouras, paz sustentável e resiliência para os repatriados, as pessoas deslocadas internamente e as comunidades de acolhimento. em áreas afetadas por conflitos", continuou a Dra. Lara.

A Chefe de Missão da OIM ainda comentou que "estamos empenhados em reforçar ainda mais a colaboração e coordenação com o Governo de Moçambique e do Japão, bem como com outras agências da ONU e outras partes interessadas, para abordar eficazmente as causas profundas e prevenir a violência e os conflitos”.

resized

Amanda Nero

OIM
Oficial de Comunicação
resized

Guilherme Chirinda

ACNUR
Assistente Sênior de Comunicação
resized

Telcínia Nhantumbo

FAO
Oficial de Comunicação

Entidades da ONU envolvidas nesta atividade

FAO
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
OIM
Organização Mundial para as Migrações
ACNUR
Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados

Outras entidades envolvidas nesta iniciativa

EOJ
Embassy of Japan

Objetivos que apoiamos através desta iniciativa