Discurso da Coordenadora Residente da ONU no Lançamento da Campanha “Nós Somos Iguais” e do Movimento Desperdício Zero

MAPUTO, Moçambique

• Sua Excelência o Presidente da República, Senhor Filipe Nyusi;
• Sua Excelência a Primeira Dama da República, Senhora Isaura Nyusi;
• Suas Excelências as Primeiras Damas de África aqui presentes;
• Ilustres membros do Governo, da sociedade civil, do corpo diplomático e da família das Nações Unidas;
• Senhoras e senhores;
• Todo o protocolo observado.

Bom dia a todas e a todos,

Em nome das Nações Unidas, é uma honra estar aqui hoje e poder celebrar convosco o lançamento da campanha “Nós Somos Iguais” e a assinatura do Compromisso sobre o Movimento Desperdício Zero.

Antes de começar o meu discurso, gostaria de desejar a todos boas entradas e um próspero Ano Novo.

Quando cheguei em Moçambique há seis meses, a primeira reunião que participei com Vossa Excelência o Presidente Filipe Nyusi e Vossa Excelência a Primeira Dama foi a Sétima Conferência Nacional da Mulher e Género.

A conferência internacional de hoje e os lançamentos das campanhas são sinais claros que a liderança de Vossas Excelências é continuada, consistente e forte.

Moçambique alcançou a paridade de género no Conselho de Ministros pela primeira vez na história do país sob a liderança de Vossa Excelência.

Assim, Moçambique juntou-se a um grupo de apenas quatorze países que alcançaram a paridade de género a este nível e tornou-se o terceiro país em África a ter cinquenta por cento ou mais mulheres em cargos ministeriais.

Isso é motivo de orgulho nacional e internacional. 

Por isso, gostaria de pessoalmente expressar meus sinceros parabéns pela vossa liderança para o avanço da igualdade de género. Meu muito obrigada.

Senhoras e senhores,

Com o lançamento da campanha continental “Nós Somos Iguais” em Moçambique e a unidade das Primeiras Damas em todo o continente, proporcionamos um novo impulso para eliminar a disparidade de género em África.

No entanto, alcançar a igualdade de género a todos os níveis exigirá ainda mais investimento, mais liderança e mais acção.

Só com uma cooperação forte poderemos avançar como sociedade.

E só com uma cooperação forte poderemos alcançar a igualdade de género e impulsionar o progresso social e económico para todos, para construir o mundo que queremos, a África que queremos.

A igualdade de género não é apenas um direito humano fundamental, mas também uma base necessária para um mundo pacífico, próspero e sustentável.

Somos iguais. Trabalhando em conjunto, a nossa sociedade também pode sê-lo.

Desde a luta contra a epidemia do VIH no seu início, até à luta pela igualdade de género e pelo desenvolvimento sustentável. Ao longo dos anos, a Organização das Primeiras Damas Africanas para o Desenvolvimento evoluiu para se tornar uma instituição capaz de oferecer uma liderança em todo o continente e proporcionar uma voz unida aos cidadãos mais vulneráveis ​​de África.

O trabalho realizado pelo movimento das Primeiras Damas Africanas nos seus 20 anos de existência é exemplar do que podemos alcançar se trabalharmos em conjunto.

A nível pessoal, estive presente no início da OAFLA, é muito gratificante estar aqui convosco hoje.

Aplaudo o movimento e suas conquistas. E aproveito esta oportunidade para elogiar também o movimento que está a ser criado agora em Moçambique pelo Desperdício Zero por Sua Excelência a Primeira Dama Isaura Nyusi.

Tal como disse o Secretário-Geral da ONU, “devemos declarar guerra aos resíduos”.

Chegou a hora de limpar o nosso mundo e de progredir no sentido de economias circulares e sem desperdício — tanto para as pessoas como para o planeta.

E para que isso se torne realidade, todos têm um papel a desempenhar.

Senhoras e senhores,

Alcançar a igualdade de género e o desenvolvimento sustentável é um esforço colectivo. A responsabilidade é de todos nós.

Continuemos a trabalhar em conjunto para apoiar as instituições nacionais a colocar as pessoas – mulheres e raparigas, homens e rapazes – a sua inclusão, representação, direitos, estatuto social e económico, igualdade e protecção – no centro de tudo o que fazemos.

Para construir o futuro sustentável de que necessitamos, as pessoas e as comunidades devem estar na frente e no centro, liderando o caminho.

Em nome das Nações Unidas, reitero o total compromisso da ONU em continuar a apoiar todos os moçambicanos para que realizem o seu pleno potencial, trazendo benefícios para as suas famílias, comunidades e país.

Desejo a todos uma conferência de sucesso.

Muito obrigada! Asante Sana! Kanimambo!