MAPUTO, Moçambique
- Excelentíssimo Director Nacional do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres, Senhor Adelto Chambela;
- Estimados membros do governo, sociedade civil, parceiros e colegas das Nações Unidas;
- Senhoras e senhores;
Bom dia a todas e a todos.
É um grande privilégio e uma alegria estar hoje aqui convosco neste primeiro Simpósio sobre a Importância dos Dados na Criação de Soluções para Pessoas Deslocadas Internamente em Moçambique.
O deslocamento é uma experiência devastadora para todos. E sempre deve ser considerado como um desafio de toda a sociedade.
Na semana passada, tive o prazer de participar no primeiro Workshop de Domesticação da Convenção de Kampala.
Juntos, esse evento e o simpósio de hoje demonstram que estamos no caminho certo para proteger e criar soluções para os deslocados internos no terreno.
Louvo as instituições nacionais pela sua liderança, bem como pelo seu impacto prático e significativo na vida de mais de um milhão de moçambicanos afectados pelo deslocamento interno.
E agradeço a todos vocês aqui hoje por trabalharem juntos para apoiar as prioridades humanitárias e de desenvolvimento do país.
Muito foi feito e, em conjunto, muito mais pode ser alcançado para melhorar a situação dos deslocados internos e o acesso aos seus direitos.
Senhoras e senhores,
A situação das pessoas deslocadas internamente é mais do que uma questão humanitária.
Adota uma abordagem integrada – combinando esforços de desenvolvimento, consolidação da paz, direitos humanos, ação climática e redução do risco de desastres.
Um importante componente transversal de toda a abordagem são os dados.
É através da recolha, gestão e utilização de dados que podemos agora quantificar a escala do deslocamento interno no país.
É também através dos dados que queremos estabelecer um entendimento e soluções que contribuam para acabar com o deslocamento interno.
Os dados são essenciais para compreender e enfrentar os desafios do Deslocamento Interno, permitindo-nos identificar as necessidades das pessoas deslocadas, acompanhar os seus movimentos e monitorizar a eficácia das nossas intervenções.
Portanto, hoje, o nosso objectivo é esforçar-nos por identificar a integração e a cooperação necessárias para formular soluções - não apenas duradouras, mas, acima de tudo, sustentáveis - utilizando dados.
Mas quando falamos de dados e deslocamento interno, podemos correr o risco de nos concentrarmos apenas em números.
Assim, gostaria de lembrar a todos nós que os deslocados internos são indivíduos como nós. Uma pessoa, provavelmente uma mulher ou criança. Não apenas números.
Têm sonhos, vidas, famílias, propriedades e meios de subsistência que tiveram de abandonar devido a conflitos, alterações climáticas, questões de desenvolvimento e muitas outras razões.
Em última análise, não se trata de quantos dados temos, mas de como os utilizamos para transformar e mudar a vida daqueles que mais precisam deles.
Senhoras e senhores,
Os dados e as provas são fundamentais para não deixar ninguém para trás – incluindo as pessoas deslocadas internamente.
Como Nações Unidas em Moçambique, levamos a questão muito a sério. É por isso que criamos um Grupo de Trabalho dedicado a soluções para pessoas deslocadas internamente e contamos com o seu apoio para o seu sucesso.
Não há tempo a perder na abordagem da deslocação interna.
Vamos trabalhar em conjunto para integrar as nossas ações, garantir que podemos fundir e comparar os nossos dados e seguir padrões e metodologias de qualidade globais para proporcionar um futuro melhor para os deslocados internos.
Em nome das Nações Unidas, reitero o total compromisso da ONU em continuar a apoiar todos os moçambicanos na realização do seu pleno potencial.
Obrigada! Kanimambo!