MAPUTO, Moçambique
- Sua Excelência o Vice-Ministro da Terra e Ambiente, Senhor Fernando Bemane de Sousa;
- Sua Excelência o Presidente do Conselho Municipal de Maputo; Senhor Eneas Comiche;
- Ilustres membros do Governo, da sociedade civil e da família das Nações Unidas;
- Caros jovens;
Bom dia a todas e a todos!
Permitam-me em primeiro lugar, em nome da Coordenadora Residente da ONU em Moçambique, Dra. Catherine Sozi, dar calorosas saudações a todos os jovens aqui presentes.
Meu muito obrigada por manterem a paixão e a determinação pela ação climática viva e ativa. Sua liderança não é somente admirável, mas necessária.
Gostaria também de agradecer a liderança de Sua Excelência a Ministra da Terra e Ambiente, Senhora Ivete Maibaze, pelo seu envolvimento e compromisso exemplares para com a ação contra as mudanças climáticas.
É inegável, estamos perante uma emergência climática e Moçambique está na linha da frente.
Os países africanos não contribuíram com quase nada para as emissões globais. No entanto, estão sofrendo em maior intensidade e quantidade por eventos climáticos extremos, secas, cheias e ciclones atrás de ciclones.
Como exemplo prático e real, na última época chuvosa em Moçambique, mais de um milhão de pessoas foram afectadas pelo ciclone tropical Freddy, por inundações e por um surto de cólera.
As crianças e os jovens são especialmente vulneráveis nestas crises, seja por um maior risco de morte e de contrair doenças ou de serem deslocados repetidamente o que interrompe o acesso a serviços essenciais como a educação, traduzindo-se em uma vida inteira de oportunidades perdidas.
Construir resiliência ambiental, social e económica às mudanças climáticas é um imperativo absoluto.
O evento de hoje é a maneira pela qual podemos garantir a participação de crianças e jovens neste processo. E este não é um evento isolado.
Dez consultas provinciais foram feitas com mais de 500 (quinhentos) dos seus pares de todos os cantos de Moçambique para podermos chegar até aqui hoje, onde vocês debaterão e apresentarão uma declaração robusta da juventude moçambicana à COP28 (vinte e oito), que acontece daqui há um mês em Dubai.
Caros jovens líderes,
Vocês hoje aqui reunidos não são meros destinatários de decisões, mas são os arquitectos do futuro sustentável, resiliente e próspero de Moçambique.
Mais da metade da população moçambicana tem menos de 18 (dezoito) anos. As vossas perspectivas perspicazes, a capacidade de navegar no mundo digital e a vontade de procurar soluções criativas e inovadoras fazem de vocês aliados indispensáveis na nossa resposta à crise climática que vivemos.
Através do novo Quadro de Cooperação entre o Governo e a ONU, continuaremos a apoiar a ação climática robusta do país e as suas prioridades nacionais. Isto significa ouvir e amplificar as suas vozes, as suas experiências vividas e as suas percepções.
O apelo à educação climática proactiva, à participação ativa dos jovens nos diálogos políticos e à gestão de desastres centrada na comunidade nas declarações provinciais, que fizeram parte do processo para chegarmos até este evento, alinha-se profundamente com a missão da ONU.
Ao fazer a paz com a natureza e colocar as comunidades e as suas vozes no centro deste processo, podemos restaurar os ecossistemas e impulsionar uma transformação que contribuirá para alcançar a prosperidade e a paz duradouras.
Utilizemos a preparação para a COP28 como base para um Moçambique próspero, inclusivo e mais resiliente para todas as pessoas: crianças, jovens, adultos e idosos.
Contem com o apoio das Nações Unidas! Contem com o meu apoio.
Muito obrigada!