“Alcançar a igualdade de gênero é um esforço coletivo”

MAPUTO, Moçambique – A Coordenadora Residente das Nações Unidas em Moçambique, Dra. Catherine Sozi, defendeu hoje, em Maputo, “esforço coletivo” necessário para alcançar a igualdade de gênero, parabanizando Moçambique por avançar nesta agenda nos últimos anos.

“Moçambique alcançou a paridade de gênero no Conselho de Ministros pela primeira vez na história do país sob a liderança de Vossa Excelência [Presidente Filipe Nyusi]”, afirmou a Dra. Sozi.

“Isso é motivo de orgulho nacional e internacional; Meus sinceros parabéns a todos vocês”, continuou.

Com a paridade de gênero no Conselho de Ministros, Moçambique juntou-se a um grupo de apenas 14 países que alcançaram a paridade de gênero a este nível e tornou-se o terceiro país em África a ter 50% ou mais mulheres em cargos ministeriais.

Para a Coordenadora Residente, “alcançar a igualdade de gênero é um esforço coletivo; a responsabilidade é de todos nós”.

Considerando o país um exemplo na África e no mundo pelos avanços que tem alcançado na igualdade de gênero apesar das mudanças climáticas, COVID-19 e da complexa crise no norte de Moçambique, a Dra. Sozi frisou que “alcançar a igualdade de gênero em todos os níveis exigirá ainda mais investimento, mais liderança e mais ação”.

A chefe da ONU Moçambique falava durante a abertura da Sétima Conferência Nacional sobre Mulher e Gênero, subordinada ao tema Empoderando da Mulher para o Alcance da Igualdade de Gênero.

Liderada pelo Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, a conferência é a primeira desde 2018, quando foi postergada devido à pandemia da COVID-19.

Em sua intervenção, o Presidente moçambicano defendeu “a urgência” de mais investimentos na formação das mulheres visando a promoção da igualdade de gênero, assinalando que o país ainda regista “lacunas” neste domínio.

“Torna-se assim urgente que cada vez mais mulheres sejam formadas e capacitadas para que adquiram competências que lhes permitam fazer escolhas livres, responsáveis e informadas”, afirmou o Presidente Nyusi.

O Presidente da República apelou ao país para refletir sobre os fatores que mantêm muitas raparigas fora da escola, da prevalência da violência e discriminação contra a mulher e da exclusão do acesso à terra e à economia.

“Que sejam definidas ações prioritárias nos domínios político, económico, social, cultural e da cidadania” destinadas a mais avanços na redução dos desequilíbrios entre mulheres e homens.

Apesar de reconhecer a persistência de desafios no equilíbrio de género, Filipe Nyusi que Moçambique é um dos poucos países no mundo em que o número de mulheres no Governo iguala o dos homens.

Moçambique também progrediu muito na representação parlamentar, tendo agora mais de 30% de deputadas – com 250 assentos, enfatizou o mandatário.

Para o Presidente Filipe Nyusi, a igualdade de gênero é fundamental para o desenvolvimento sustentável e inclusivo do país e Moçambique continuará a fazer a sua parte para atingir a paridade de gênero em todos os níveis.

A Sétima Conferência da Mulher e Gênero decorre por dois dias em Maputo com delegados de todas as províncias do país. A conferência também conta com uma feira de serviços.