NOVA IORQUE, EUA - Mais de 27 mil casos de violações contra crianças foram verificados pelas Nações Unidas no último ano. Os dados foram apresentados pela representante especial do secretário-geral da ONU para Crianças e Conflitos Armadas, Virginia Gamba, no Conselho de Segurança nesta quarta-feira.
Além de detalhar alguns crimes cometidos contra crianças e infraestruturas civis, ela destaca a necessidade de justiça e responsabilização, adicionando que embora metade dos casos sejam cometidos por terroristas, uma grande parte é causada por forças armadas e de segurança de governos.
Moçambique avaliado pela primeira vez
Virginia Gamba contou que o relatório abrange 26 situações em cinco regiões do mundo. Etiópia, Moçambique e Ucrânia estão sendo avaliados pela primeira vez. Detalhes sobre Haiti e Níger devem aparecer na edição do próximo ano.
No geral, a ONU verificou que mais de 18 mil crianças sofreram violações graves em 2022. Desse número, 8,6 mil foram mortas ou mutiladas, 7,6 mil foram recrutadas e usadas em combate e 3,9 mil foram sequestradas.
De acordo com Virginia Gamba, essas três violações aumentaram em relação ao mesmo período do ano anterior.
Violência sexual e detenção
Além disso, mais de 1 mil crianças, principalmente meninas, foram estupradas, forçadas ao casamento ou escravidão sexual, ou agredidas sexualmente. A representante da ONU destaca que alguns destes casos levaram a morte das vítimas.
Virginia Gamba contou que algumas vítimas são punidas em vez de receber proteção. No ano passado, 2,5 mil menores foram privados de liberdade por sua “possível associação” com partes em conflito.
Para ela, as crianças detidas são vulnerabilizadas, expostas a mais violações, incluindo tortura e violência sexual e, em alguns casos, foram condenadas à morte.
Escolas sob ataque
O relatório aponta que mais de 1,1 mil escolas e quase 650 hospitais foram atacados em 2022, representando um aumento de 112% em relação ao ano anterior.
Segundo Gamba, metade desses ataques partiu de forças do governo.
Ela destacou que o uso de escolas e hospitais para fins militares também continua sendo uma grande preocupação. Os casos verificados subiram mais de 60% no ano passado, tanto por forças armadas quanto por grupos armados.
No geral, a ONU verificou que mais de 18 mil crianças sofreram violações graves em 2022. Desse número, 8,6 mil foram mortas ou mutiladas, 7,6 mil foram recrutadas e usadas em combate e 3,9 mil foram sequestradas.
De acordo com Virginia Gamba, essas três violações aumentaram em relação ao mesmo período do ano anterior.
Violência sexual e detenção
Além disso, mais de 1 mil crianças, principalmente meninas, foram estupradas, forçadas ao casamento ou escravidão sexual, ou agredidas sexualmente. A representante da ONU destaca que alguns destes casos levaram a morte das vítimas.
Virginia Gamba contou que algumas vítimas são punidas em vez de receber proteção. No ano passado, 2,5 mil menores foram privados de liberdade por sua “possível associação” com partes em conflito.
Para ela, as crianças detidas são vulnerabilizadas, expostas a mais violações, incluindo tortura e violência sexual e, em alguns casos, foram condenadas à morte.
Escolas sob ataque
O relatório aponta que mais de 1,1 mil escolas e quase 650 hospitais foram atacados em 2022, representando um aumento de 112% em relação ao ano anterior.
Segundo Gamba, metade desses ataques partiu de forças do governo.
Ela destacou que o uso de escolas e hospitais para fins militares também continua sendo uma grande preocupação. Os casos verificados subiram mais de 60% no ano passado, tanto por forças armadas quanto por grupos armados.