Afirmou a Directora Executiva da ONUSIDA, Winnie Byanyima, em visita a Moçambique junto dos líderes do PEPFAR e do Fundo Global.
MAPUTO, Moçambique - Em visita oficial a Moçambique entre 14 e 16 de junho, a Directora Executiva da ONUSIDA, Winnie Byanyima, encontrou-se com líderes nacionais, a Equipa de País da ONU e beneficiários dos programas de combate ao HIV/SIDA no país.
Winnie Byanyima se fez acompanhar pelo Embaixador americano Dr. John N. Nkengasong, Coordenador Global do SIDA dos EUA (PEPFAR), e pelo Gestor do Fundo Global, Mark Edington.
Esta histórica visita conjunta, a primeira vez que os líderes destas três organizações visitaram Moçambique juntos, sublinha o forte das Nações Unidas a Moçambique para combater o HIV/SIDA nos últimos 20 anos, bem como a importância crítica de uma resposta sustentável ao HIV/SIDA.
"UNAIDS, PEPFAR e Fundo Global estão aqui juntos como uma equipa que apoia o governo e o povo de Moçambique para combater esta doença; Saudamos o povo de Moçambique por manter a resposta apesar de outros desafios, incluindo mudanças climáticas e pobreza", disse Winnie Byanyima.
Durante a sua visita, a delegação reuniu-se com o Primeiro-Ministro Maleiane, o Ministro da Economia e Finanças Tonela e o Ministro da Saúde Tiago, bem como com organizações da sociedade civil.
Nessas reuniões, a delegação enfatizou a necessidade de desenvolver uma resposta sustentável ao HIV/SIDA, a importância de proteger os direitos humanos e a necessidade de trabalhar em vários ministérios na abordagem da epidemia do HIV/SIDA em Moçambique.
O grupo também visitou o Centro de Saúde Primeiro de Maio, uma unidade de saúde de grande volume em Maputo apoiado pelo PEPFAR e pelo Fundo Global que visa prevenir novas infecções por HIV e TB e aumentar o acesso a serviços de cuidados e tratamento de qualidade para pessoas que vivem com HIV.
“Esta visita conjunta a Moçambique inspirou-nos a todos”, observou Winnie Byanyima, Directora Executiva da ONUSIDA.
“O fim da SIDA é possível, mas só se trabalharmos juntos como governo, sociedade civil, parceiros internacionais e ONU, dando poder às mulheres e raparigas, e assegurando que ninguém seja estigmatizado ou excluído”, continuou a Directora Executiva da ONUSIDA.
“Para chegarmos a toda a gente, vamos precisar de todos nós”
Em Moçambique, o rosto do HIV é o de uma rapariga. Em que a cada 20 minutos uma adolescente ou uma jovem é infectada.
Em reunião com a Equipa de País das Nações Unidas em Moçambique, a Directora Executiva da ONUSIDA ressaltou que todos os membros da sociedade devem ser incluídos na luta contra o HIV/SIDA.
“Através da aplicação das lições de programas eficazes, podemos ultrapassar as desigualdades que impedem o fim do SIDA; Para chegarmos a toda a gente, vamos precisar de todos nós”, Directora Executiva da ONUSIDA.
Para a Coordenadora Residente da ONU e Coordenadora Humanitária Interina, Bérangère Böell, “parceria, compromisso e investimentos conjuntos são necessários para acabar com a epidemia de AIDS até 2030”.
“O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS é uma parceria crítica nesse esforço, fornecendo apoio multissetorial ao Governo de Moçambique para reduzir novas infecções por HIV e impulsionar mudança positiva e transformadora de uma vez por todas” - Bérangère Böell, Chefe Interina ONU Moçambique.
Moçambique regista o terceiro maior fardo de novas infecções por HIV e pessoas vivendo com HIV em todo o mundo.
“Esta visita de alto nível reforça o compromisso global de garantir que o HIV/AIDS apareça predominantemente na agenda de desenvolvimento e que esforços conjuntos sejam feitos para apoiar o Governo de Moçambique para acabar com o HIV/AIDS até 2030”, concluiu Bérangère Böell.
Parceria para combater o HIV/SIDA
O Governo dos EUA, o Fundo Global e a ONUSIDA têm prestado apoio significativo e contínuo a Moçambique na sua luta contra o HIV/SIDA desde a sua fundação.
Todos os anos, os E.U.A. investem mais de 400 milhões de dólares em financiamento do PEPFAR para Moçambique, com o objectivo de acabar com o HIV/SIDA como uma ameaça à saúde pública até 2030.
Nos próximos três anos, o Fundo Global planeia investir 770 milhões de dólares para o HIV, TB e Malária.