OMS Comemora os Progressos na Luta Contra a Malária
25 abril 2023
- Sob o Lema "Zero malaria, Tempo de Investir, Inovar e Implementar", Moçambique comemora o Dia Mundial de Luta contra a Malária, com um leque de eventos e atividades que se iniciam esta semana até o dia 8 de novembro de 2023, Dia de Luta contra a Malária na Conferência para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).
MAPUTO, Moçambique - Sob o Lema "Zero malaria, Tempo de Investir, Inovar e Implementar", Moçambique comemora o Dia Mundial de Luta contra a Malária, com um leque de eventos e atividades que se iniciam esta semana até o dia 8 de novembro de 2023, Dia de Luta contra a Malária na Conferência para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).
A malária tem sido um inimigo obstinado da saúde pública. Em 2021, causou a morte de 619 000 pessoas, das quais aproximadamente 96% viviam em África. É uma patologia 6 a 20 vezes mais provável de se espalhar em ambientes propensos a mosquitos do que a variante Ómicron de sars-cov-2. A doença já foi endêmica na maior parte do mundo, expandindo-se nas Américas nos anos 1600 e chegando ao norte da costa do Ártico e ao leste do Japão. Mas agora, temos ao nosso alcance a possibilidade de salvar anualmente milhões de vidas evitando-lhes a doença e a morte causadas pelo Malária, após novos progressos rumo à eliminação da doença.
Hoje assinala-se o 16º Dia Mundial de Luta contra o Malária e é uma altura apropriada para fazermos um balanço do impacto devastador que o Malária tem na vida das pessoas e no desenvolvimento económico desta Região. Os esforços concertados produzem resultados positivos. Em 2021, graças às ações conjuntas dos países e parceiros afetados pelo paludismo, as mortes por malária diminuíram em comparação com 2020, apesar das consequências da pandemia de COVID-19.
A malária é uma doença grave causada por parasitas que são transmitidos às pessoas através das picadas dos mosquitos Anopheles infetados com o parasita da malária. Pode levar a morte se não for tratada. A malária ė evitável e curável.
Em Moçambique as cerimónias centrais estão planificadas para o dia 26 de Abril na cidade de Maputo e vão contar com a participação de altas individualidades e parceiros nacionais e internacionais que trabalham com o Ministério da Saúde na prevenção e controlo da Malária.
Sob a liderança do Ministério da Saúde e do Centro de Investigação da Manhiça (CISM) e em coordenação com os parceiros, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), no dia 28 de Abril vai decorrer uma Conferência e Feira de Saúde alusivas ao Dia Mundial de Luta contra a Malária, numa das escolas Secundárias do País.
As atividades para a celebração do Dia Mundial de Luta contra a Malaria incluem, distribuição de redes mosquiteiras, programa com as escolas, exposições sobre a malária, palestras, programas na comunicação social eventos com os artistas (música e teatro) entre outras. Todas as províncias e Distrito do País estão organizados no sentido de cada uma comemorar ao seu nível.
A malária continua sendo um importante problema de saúde pública global. Em 2021, de acordo com Relatório Mundial da Malária 2022, Moçambique foi um dos quatro países da região africana com mais casos de malária reportados mundialmente.
Uma proporção significativa da população moçambicana (cerca de 77%) continua em risco de adoecer por habitar nos distritos com incidência de malária acima de 100 casos por 1.000 habitantes.
Em 2021, do total de 23% das consultas externas e 9,5% dos internamentos hospitalares foram por malária. Entretanto, progressos importantes foram feitos nos últimos anos, com 64% de redução na mortalidade reportada por malária entre 2017-2021.
Para fazer face a estes desafios a OMS tem estado a apoiar o Ministério da Saúde no fortalecimento da capacidade institucional, com destaque a formação de recursos humanos, no desenvolvimento de guiões orientadores e planificação estratégica.
Acerca da OMS
A OMS é a autoridade coordenadora para a saúde no âmbito do sistema das Nações Unidas. É responsável por liderar questões de saúde global, moldar a agenda da investigação em saúde, estabelecer normas e padrões, articular opções políticas baseadas em provas, prestar apoio técnico aos países e monitorizar e avaliar as tendências em matéria de saúde. No século XXI, a saúde é uma responsabilidade partilhada, envolvendo o acesso equitativo aos cuidados essenciais e a defesa coletiva contra as ameaças transnacionais.
