MAPUTO, Moçambique - A Organização Mundial da Saúde divulgou um relatório sobre a mobilização de jovens, em todo o mundo, para responder à pandemia da Covid-19. A atuação da agência fez parte de um coletivo com outras instituições humanitárias e juvenis.
Cerca de 1,2 bilhão de jovens foram beneficiados pela iniciativa com escoteiros, segundo o relatório Juntos somos Imparáveis: Celebrando 2 anos da Ação Global Liderada por Jovens.
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Consciência sobre imunização
Um dos países contemplados foi Moçambique, onde as atividades aumentaram a consciência das pessoas para a pandemia com informações, além de promover a doação e a distribuição de vacinas.
Um dos temas foi conversar sobre a resistência a vacinas e ajudar a mobilizar campanhas de imunização.
As comunidades locais receberam informações sobre eficiência das vacinas, estigmas e segurança. Após a ação, Moçambique concordou em criar novas unidades de escotismo em vários distritos do país.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, e a Fundação ONU participam na parceria integrando ainda a Associação de Jovens Cristãos, a Associação Mundial de Meninas Cristãs e Organização Mundial do Movimento Escoteiro.
Aumentar o ativismo e a ação juvenis
Outras entidades internacionais que integraram a iniciativa são a Associação Mundial de Guias e Escoteiras, a Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho e o Prêmio Internacional do Duque de Edimburgo.
A iniciativa destaca que a partir da pandemia que “mudou o futuro de toda uma geração”, deve haver mais ativismo e a ação juvenis com soluções criativas, paixão e compromisso do grupo.
Desigualdade de gênero
Até o momento, a parceria global envolveu, diretamente, cerca de 600 mil jovens no desenvolvimento e na implementação de atividades junto a mais de 3,6 milhões de pessoas beneficiadas em comunidades.
O total de investimento foi de US$ 5 milhões para apoiar 471 projetos liderados por jovens em 72 países. Ao todo, o movimento global financiou 169 projetos nacionais, em 125 países, por meio das seis grandes organizações juvenis.
O alvo de futuras intervenções são pessoas com problemas de saúde mental e física que viram sua situação se agravar com os impactos da pandemia. Outra meta é apoiar mais de 320 mil pessoas para promover igualdade de gênero.
Interrupção na educação e empregabilidade
Na mira estão ainda o combate à violência doméstica e de gênero que piorou durante as restrições, a interrupção na educação e os desafios de empregabilidade causados por falta de treinamento.
O relatório ressalta que ao conter a propagação da pandemia junto a mais de 470 mil pessoas, os jovens tornaram-se “uma parte vital nos esforços de resposta e recuperação”.