MAPUTO, Moçambique
- Sua Excelência o Presidente da República, Senhor FILIPE JACINTO NYUSI;
- Sua Excelência o Ministro da Saúde, Doutor Armindo Tiago;
- Sua Excelência o Secretário de Estado na Cidade de Maputo; Senhor Joaquim Vicente;
- Sua Excelência o Presidente do Conselho Municipal de Maputo; Senhor Eneas Comiche;
- Ilustres membros do Governo, da família das Nações Unidas, do corpo diplomático e da sociedade civil;
- Minhas senhoras e meus senhores;
Meu muito bom dia a todas e a todos,
É com grande honra e apreço que em nome da Coordenadora Residente das Nações, senhora Myrta Kaulard, dirijo-me a esta magna audiência para comemorarmos juntos o dia Mundial da luta contra a SIDA, o dia Primeiro de Dezembro.
Vossa Excelência, Presidente da República, a vossa presença aqui hoje é um forte e claro sinal do compromisso do País para acabar com a SIDA como epidemia de uma vez por todas.
Para assinalar a data, gostaria de ler a mensagem do Secretário-Geral da ONU, António Guterres.
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[Início da mensagem do Secretário-Geral]
O mundo prometeu acabar com a SIDA até 2030 (dois mil e trinta).
Estamos fora do caminho.
Para acabar com a SIDA, devemos acabar com as desigualdades que estão bloqueando o progresso.
Hoje, corremos o risco de milhões de novas infecções e milhões de mortes.
Então, neste Dia Mundial de Luta contra a SIDA, estamos clamando em uma só voz.
Equalize!
O slogan “Equalize” é um apelo à ação.
Um chamado para adotar as ações práticas comprovadas que ajudarão a acabar com a SIDA.
Maior disponibilidade, qualidade e adequação dos serviços de tratamento, testagem e prevenção do HIV.
Isso significa mais recursos financeiros.
Melhores leis, políticas e práticas para combater o estigma e a exclusão enfrentados por pessoas vivendo com HIV, especialmente populações marginalizadas.
Todos precisam de respeito e de serem acolhidos.
E preciamos de melhor compartilhamento de tecnologia para permitir acesso igualitário à melhor ciência do HIV, especialmente entre o Sul e o Norte globais.
As desigualdades que perpetuam a pandemia da SIDA podem e devem ser superadas.
Podemos acabar com a SIDA.
Se equalizarmos.
[Fim da mensagem do Secretário-Geral]
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Minhas senhoras e meus senhores,
O Dia Mundial de Luta contra a SIDA é o dia em que recordamos os milhões de pessoas, nossos amigos e entes queridos, que perderam a vida por causa de doenças relacionadas à SIDA.
Muitos morreram porque não podiam aceder aos serviços sociais e de saúde devido ao estigma e por causa da discriminação que pessoas vivendo com o HIV e a SIDA sofrem.
No entanto, hoje é também um dia em que celebramos o trabalho extraordinário que tem sido feito por tantas pessoas, em todo o Mundo e em Moçambique, que está a salvar milhões de vidas.
Os esforços com vista a alcançar uma geração livre de HIV são inspiradores. No entanto, como afirmou a Directora Executiva do ONUSIDA, Winnie Byanyima, “o continente africano está ficando para trás, especialmente a África Austral”.
As novas infecções de HIV estão diminuindo muito lentamente. Moçambique é o segundo país do mundo com maior número de novas infecções, depois da África do Sul.
Muitas pessoas ainda não acessam os serviços sociais e de saúde de que tão urgentemente precisam.
Durante estes 16 (dezesseis) dias de ativismo contra a violência de género, gostaria de especialmente lembrar de como as vítimas de violência são expostas ao contágio forçado do HIV. Um duplo impacto devastador na vida das vítimas de violência.
Por isso, a luta contra à SIDA é parte fundamental do novo Quadro de Cooperação entre ONU e o Governo de Moçambique entre 2022 (dois mil e vinte e dois) e 2026 (dois mil e vinte e seis) assim como é prioridade para muitos dos parceiros de cooperação no país.
Em nome das Nações Unidas, gostaria de reafirmar que estamos prontos para aumentar ainda mais os nossos esforços para apoiar as instituições moçambicanas e a sociedade civil no alcance deste objetivo comum: Um Moçambique em que nenhuma vida é perdida devido à SIDA.
Gostaria também de felicitar Moçambique pela liderança política no seu mais alto nível para “equalizarmos” o país e combatermos as desigualdades.
Quero terminar saudando os mais de dois milhões de pessoas vivendo com HIV em Moçambique e expressar a solidariedade de todo o Sistema das Nações Unidas. Estamos aqui para lutar contra o estigma e a discriminação contra vocês.
Contem sempre connosco!
Obrigada.