Mensagem do Secretário-Geral da ONU por ocasião do Dia Mundial do Refugiado de 2022

NOVA IORQUE, EUA - No Dia Mundial do Refugiado, refletimos sobre a coragem e resiliência daqueles que fogem da guerra, violência e perseguição – e reconhecemos a compaixão daqueles que os acolhem.

Hoje, a população global de refugiados está em um recorde.

A guerra na Ucrânia desencadeou o maior e mais rápido deslocamento na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Juntamente com as mulheres, crianças e homens que fogem de conflitos em outras partes do mundo, o número total de pessoas deslocadas à força chegou a 100 milhões – uma acusação sombria de nossos tempos.

O Dia Mundial do Refugiado deste ano afirma um princípio fundamental de nossa humanidade comum: todos têm o direito de buscar segurança – quem quer que sejam, de onde vierem e sempre que forem forçados a fugir.

O direito internacional é claro:

O direito de pedir asilo é um direito humano fundamental.

As pessoas que escapam da violência ou da perseguição devem poder cruzar as fronteiras com segurança.

Eles não devem enfrentar discriminação nas fronteiras ou ser negado injustamente o status de refugiado ou asilo devido à sua raça, religião, gênero ou país de origem.

Eles não podem ser forçados a retornar se suas vidas ou liberdade estiverem em risco.

E como todo ser humano, eles devem ser tratados com respeito.

Mas a segurança é apenas o primeiro passo.

Uma vez fora de perigo, os refugiados precisam de oportunidades.

Oportunidades para curar, aprender, trabalhar e prosperar.

Oportunidades de voltar para casa, se assim o desejarem, ou de reconstruir suas vidas em outro lugar, com segurança e dignidade.

Em todo o mundo, os refugiados trouxeram nova vida, prosperidade e rica diversidade cultural às suas comunidades anfitriãs.

Proteger os refugiados é uma responsabilidade que todos compartilhamos.

Hoje, vamos nos comprometer a fazer mais pelos refugiados em todos os lugares – e pelos países que os acolhem enquanto enfrentam uma cascata de desafios.

Vamos ficar juntos em solidariedade.

Defendamos a integridade do regime de proteção internacional.

E nunca percamos de vista nossa humanidade comum.