PNUD Apoia Jovens na Criação de Soluções Tecnológicas para a Resposta à Covid-19
29 outubro 2021
Legenda: Jovens Programadores da Pro-G: Kelven Rubalaine, Harrisson Richard, Helton Furau e Hello Jonas, no campus da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) quando do desenvolvimento do aplicativo BhazaraAqui.
Por meio de hackathon, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento apoia universitários a partilhar conhecimentos e fomentar ação local contra a COVID.
MAPUTO, Moçambique - Kelven Rubalaine, nascido no Distrito de Mocuba, Província da Zambézia, de 21 anos de idade, estudante do quarto ano do curso de Engenharia Informática, na Universidade Zambezi, na Cidade da Beira, faz parte do Pro-G, grupo vencedor do Maputo Marketplace Hackathon realizado entre maio a agosto de 2021.
“Foi uma experiência única! Foi a primeira vez que trabalhamos juntos como grupo", afirma Kelven.
Kelven afirma com empolgação que quando souberam do concurso, o grupo Pro-G tinham apenas 72 horas para melhorar o protótipo e o plano de negócio. "Vivemos na Beira, onde estudamos e trabalhamos em modo remoto devido a nossa condição de estudantes. Foi a primeira vez em que participei de uma competição igual e por sorte a primeira em que ganhamos como grupo. Nunca estivemos tao empenhados para apresentar algo como no Maputo Marketplace”, diz Kelven,
Legenda: Cristino Lopez (PNUD) entrega o premio ao Helton Furau, representante do Pro-G.
Os jovens do Pro G, um grupo de quatro estudantes do quarto ano do curso de Engenharia Informática da Universidade Zambezi, desenvolveram uma solução (BhazaraAqui) que possibilita a comercialização online de produtos agrícolas para vendedores dentro dos mercados na Cidade de Maputo, solução essa que já foi entregue ao Centro de Inovação da Universaidade Eduardo Mondlane (UEM), um dos parceiros estratégicos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) nesta iniciativa.
O BhazaraAqui permite que os vendedores criem representações virtuais das bancas para que os cidadãos possam comprar online e receber produtos sem sair de casa.
Além de poder ser instalado em dispositivos móveis Android, iOS e Windows e desktop Windows, macOS, linux, o aplicativo foi desenhado para alcançar um universo de mais de 1.088.000 habitantes/munícipes, 63 mercados dentro da cidade de Maputo e 3.000 vendedores dentro dos mercados.
“O facto do PNUD e seus parceiros terem escolhido a nossa proposta, valorizou muito o nosso o trabalho; Vencer o hackathon melhorou muito a nossa confiança”, afirma Kelven Rubalaine.
Legenda: Momento de apresentação das propostas de solução no Espaço de Inovação da UEM em Maputo.
A Pro-G não foi o único grupo que concorreu para o Maputo Marketplace. O concurso envolveu 50 equipas de jovens programadores e designers provenientes da cidade de Maputo e Beira que tiveram de seguir estritamente as seis fases do concurso tecnológico.
“Os Hackathons estimulam o conhecimento e a criatividade dos jovens. Aprendemos que não basta que uma solução seja solução. É preciso que ela seja rentável e sustentável para que a mesma não se transforme em um problema.” André Xerinza, Grupo ACS.
Para André Xerinza do Grupo ACS, segundo classificado do Maputo Marketplace Hackthon, “o PNUD deve continuar a apoiar experiências destas porque constituem uma oportunidade para que jovens de diferentes áreas se encontrem e desenvolvam soluções para necessidades concretas nas comunidades rurais e como se pode ver, também nas zonas urbanas”.
“Depois da nossa participação no Maputo Marketplace Hackhathon já não somos os mesmos; Hoje temos visão clara dos procedimentos por detrás do desenvolvimento de um aplicativo ou um software", continua André Xerinza.
Para ele, nota-se um grande envolvimento e colaboração dos grupos concorrentes que trabalharam afincadamente para poder desenvolver um modelo único que resolvesse o problema colocado. "A implementação da metodologia ágil fez com que, durante o período do evento, o foco não fosse perdido e despertou na equipe a importância de alguns aspectos que vão para além de escrever o código, como por exemplo, a prototipagem da solução que se pretende”.
“Estes tipos de eventos ajudam os jovens a descobrir o seu potencial para além do teórico. Ajuda os jovens a desafiarem as suas capacidades e criatividade para trazerem respostas concretas para problemas concretos”, Professor Doutror Luis Neves, Director do Director do Centro de Informática da Universidade Eduardo Mondlane (CIUEM).
No entendimento do Professor Doutor Luis Neves, Director do Centro de Informática da Universidade Eduardo Mondlane (CIUEM) – onde está instalado o Centro de Inovação daquela Universidade –, “a parceria com o PNUD nesta iniciativa em particular foi importante pelo facto de dar a oportunidade a jovens programadores, ainda estudantes, a mostrarem o que aprenderam na formação e mais do que isso, a transportarem o conhecimento teórico para a prática".
"A vantagem dos hackathons é que ajudam os jovens a ativarem o componente prático e desafiam os jovens a agregar valor a sua cultura de trabalho que exige habilidades criativas, não apenas técnicas, mas igualmente as de convivência em grupo. Acima de tudo, na atuação em grupo, hackatons levantam necessidade da união, da partilha de conhecimento e informação", afirma o Professor Doutor Luis Neves.
O PNUD, através do “Plano estratégico Para Resposta à COVID-19”, financiou o hackathon que decorreu no Espaço Inovação da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), implementado pelo Espaço de Inovação da instituição, com a colaboração de 3 parceiros, nomeadamente, o Conselho Municipal de Maputo (CMM), a Associação Nacional dos Municípios de Moçambique (ANAMM) e a Comissão de Vendedores dos Mercados.
Legenda: Professor Doutror Luis Neves, Director do Centro de Inovação da UEM.
O “Plano estratégico Para Resposta à COVID-19” do PNUD apoia o Governo na criação de mecanismos institucionais para mitigar os riscos decorrentes da pandemia fortalecendo a criação da conectividade e o envolvimento dos cidadãos; e no reforço da capacidade de resposta local. Todas as três componentes estão ligadas entre si e visam aprimorar a capacidade do governo em todos os seus níveis para a emergência, recorrendo a uma abordagem global de governação e orientada para a informação.
O PNUD entende que o hackathon constituiu um espaço de partilha de conhecimentos, com o objectivo final de contribuir para uma maior eficácia e eficiência no fornecimento de bens e serviços agrícolas dentro da cidade de Maputo. O Hackathon, visou, igualmente, promover o compromisso do PNUD com a juventude, inovação e estabelecimento de parcerias numa década de acção para os Objectivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS).