INGD e PMA realizam mapeamento da Bacia do Rio Búzi com drones para prever cheias
23 agosto 2021
- O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), em parceria com Programa Mundial para a Alimentação (PMA), está a conduzir um mapeamento de risco de desastres com o uso de drones na bacia do Rio Búzi, Província de Sofala.
Maputo, Moçambique - O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), em parceria com Programa Mundial para a Alimentação (PMA), está a conduzir um mapeamento de risco de desastres com o uso de drones na bacia do Rio Búzi, Província de Sofala. O exercício de mapeamento vai ajudar as autoridades locais a prever melhor os eventos climáticos e assim, prepararem-se com antecipação para a resposta.
O mapeamento de risco com drones identifica as áreas de risco e de maior exposição com mais precisão e ajudará na elaboração de planos mais precisos de preparação e resposta aos eventos climáticos. O resultado contribuirá a longo prazo para a mitigação dos efeitos adversos de eventos climáticos extremos, como, ciclones, cheias e inundaçoes ao longo da bacia hidrográfica do Búzi.
O mapeamento está a ser conduzido em toda a bacia hidrográfica do Búzi, que abrange nove distritos nas províncias de Sofala e Manica. Os resultados deste exercício irão beneficiar mais de 1,1 milhão de habitantes que vivem nos 342 povoados situados ao longo da bacia hidrográfica do Búzi.
“Os drones são a ferramenta tecnológica que permitem mais agilidade aos técnicos e maior precisão das informações geradas”, disse o Representante do PMA a.i., Pierre Lucas.
“Esta actividade permitirá que as autoridades locais estejam mais preparadas para as próximas cheias e as comunidades locais tornem-se mais resilientes”, continuou o Representante Interino do PMA.
Moçambique é um dos países mais vulneráveis aos impactos das mudaças climáticas. Nos últimos três anos, cinco ciclones tropicais (Desmond, Idai, Kenneth, Chalane, Eloise e Guambe) causaram danos principalmente nas províncias do centro. O ciclone Eloise impactou os esforços de recuperação de tempestades anteriores e afectou mais de 315.000 pessoas e destruiu infraestruturas com implicações para a segurança alimentar e a resiliência das comunidades.
Esta actividade de recolha de dados com drones é levada a cabo desde 8 de Agosto a 5 de Setembro. Ela conta com a participação de 25 técnicos de diferentes setores, incluindo CENOE - INGD central e provincial, (DNGRH e ARA-Centro), Ministério do Ambiente, Ministério da Defesa Nacional, Ministério de Interior, Aviação civil (IACM), estudantes universitários da UEM e técnicos do PMA.
Esta iniciativa de mapeamento e capacitação com o uso de drones é financiada pela União Europeia em cerca de 420 mil euros. A União Europeia é uma parceira de longa data do PMA. Nos últimos cinco anos, a União Européia contribuiu com mais de 32,8 milhões de euros para as actividades que salvam e mudam vidas do PMA em Moçambique.
Link para download de fotos e vídeos desta actividade.
