Órgão das Nações Unidas formalizou o processo de nomeação do atual secretário-geral da ONU a um novo mandato de cinco anos à frente da organização.
Nova Iorque, EUA - O chefe da ONU, António Guterres, classificou de “grande honra” a decisão anunciada pelo Conselho de Segurança de recomendá-lo a um segundo mandato como secretário-geral da organização.
Em nota, emitida pelo seu porta-voz, Guterres agradeceu aos membros do Conselho pela “confiança depositada nele” e também a Portugal por nomeá-lo ao posto.
O anúncio da recomendação foi feito pelo embaixador da Estônia, que ocupa a Presidência do Conselho de Segurança neste mês de junho, Sven Juergenson.
A recomendação ocorreu numa resolução adotada por aclamação numa reunião a portas fechadas. A decisão será encaminhada agora à Assembleia Geral para a aprovação formal. Juergenson disse que a Assembleia deverá se reunir em 18 de junho para avaliar a nomeação.
Em nota, António Guterres disse que tem sido “um imenso privilégio” estar a serviço de “Nós, os Povos” parafraseando o preâmbulo da Carta da ONU.
Ele também agradeceu por poder liderar “mulheres e homens maravilhosos”, funcionários da organização.
Legenda: Reunião de alto nível na Assembleia Geral termina nesta quinta-feira.
Guterres lembrou que os últimos quatro anos e meio, do seu primeiro mandato, foram marcados por desafios complexos.
Ele disse que ficaria “profundamente honrado” caso a Assembleia Geral decidisse confiar a ele as responsabilidades de um segundo mandato.
Em janeiro, António Guterres informou aos países do Conselho de Segurança e à Assembleia Geral que havia decidido se apresentar à reeleição.
Como parte do processo, ele enviou uma proposta de trabalho conhecida como sua “visão” para a ONU nos próximos cinco anos e participou de um debate interativo, no qual respondeu a perguntas dos países.
A Carta da ONU, firmada em 1945, como a base da organização, fala pouco a respeito da forma como um secretário-geral é eleito.
Uma ideia é exposta no artigo 97 da Carta que estipula que o candidato “deve ser nomeado pela Assembleia Geral após recomendação do Conselho de Segurança”.
Em sua primeira sessão em 1946, a Assembleia Geral era muita mais ativa no processo de escolha. Assim foi criada a resolução A/RES/1/11 estabelecendo que o Conselho de Segurança liderasse a seleção, concordasse a respeito de um nome em reunião fechada e informasse este nome à Assembleia Geral para votação.