Declaração do UNFPA sobre os ataques a Palma
01 abril 2021
- Declaração do UNFPA, a agência de saúde sexual e reprodutiva das Nações Unidas, sobre os ataques a Palma.
Maputo, Moçambique - O UNFPA, a agência de saúde sexual e reprodutiva das Nações Unidas, junta-se a outras agências das Nações Unidas ao expressar as suas graves preocupações em relação aos ataques hediondos no Distrito de Palma, em Moçambique. Os ataques desestabilizou ainda mais a vida de milhares de pessoas e resultaram em deslocamento, mortes e traumas. A maioria das pessoas afetadas são mulheres e meninas, que estão entre as mais vulneráveis e já sofrem o impacto desta crise.
Estamos extremamente preocupados com o agravamento da situação. Com 1,3 milhão de pessoas necessitando de assistência humanitária urgente no norte de Moçambique antes dos ataques de Palma, esse aumento da violência está tornando a crise ainda mais terrível.
Desde 2017, os ataques contínuos deslocaram quase 670.000 pessoas, incluindo cerca de 160.000 mulheres e meninas adolescentes em idade reprodutiva e 19.000 mulheres grávidas. O UNFPA está trabalhando 24 horas por dia com parceiros para fornecer serviços de saúde e proteção que salvam vidas às mulheres, meninas e jovens mais afetados pela crise, incluindo aqueles que precisam desesperadamente de apoio depois de fugir dos ataques brutais no Distrito de Palma.
Mulheres e meninas estão agora vivendo em campos de reassentamento e com famílias acolhedoras em casas superlotadas. O UNFPA está profundamente preocupado com o fato de que milhares de mulheres deslocadas podem precisar de cuidados em resposta à violência sexual e de gênero. O aumento da violência em geral afetou gravemente as unidades de saúde, deixando cerca de 950 mulheres grávidas deslocadas em risco nos próximos três meses, sem acesso a um parto seguro e serviços de assistência obstétrica de emergência que salvam vidas.
O UNFPA está ao lado das mulheres, meninas e jovens de Moçambique, e apela a todos os parceiros para garantir que a proteção, saúde e direitos humanos das mulheres e jovens no norte de Moçambique continuem a ser uma prioridade.
