- Sua Excelência Senhor FILIPE JACINTO NYUSI, Presidente da República;
- Sua Excelência Doutor Armindo Tiago, Ministro da Saúde;
- Excelentíssimo Doutor Francisco Mbofana, Secretário Executivo do Conselho Nacional de combate ao HIV e à SIDA,
- Ilustres membros do Governo, da família das Nações Unidas, do corpo diplomático e da sociedade civil;
- Minhas senhoras e meus senhores;
Meu muito bom dia a todas e a todos,
É com grande honra e apreço que em nome das Nações Unidas, dirijo-me a esta magna audiência, por ocasião do dia Mundial da luta contra a SIDA, o dia Primeiro de Dezembro.
Vossa Excelência, Presidente da República, a vossa presença hoje é um forte e claro sinal do compromisso do País para acabar com a SIDA como epidemia em Moçambique. Uma luta ainda mais importante durante a crise de COVID-19 que vivemos atualmente.
Para assinalar a data, gostaria de ler a mensagem do Secretário-Geral da ONU, António Guterres.
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[Leitura da mensagem do Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres]
Caros amigos de todo o mundo,
Com a atenção do mundo centrada na crise da COVID-19, o Dia Mundial da luta contra a SIDA é um lembrete da necessidade de manter o foco noutra pandemia global que ainda está connosco quase 40 anos após o seu surgimento.
Apesar dos êxitos significativos, a emergência da SIDA ainda não terminou. O HIV ainda infecta 1,7 milhões de pessoas por ano e mata cerca de 690 mil. As desigualdades significam que aqueles que são os menos capazes de defender os seus direitos continuam a ser os mais afectados.
COVID-19 tem sido uma chamada de atenção para o mundo. Desigualdades na saúde afectam a todos. Ninguém está seguro, a menos que todos nós estejamos seguros.
A resposta ao HIV tem muito a ensinar à luta contra a COVID-19. Sabemos que para acabar com a SIDA e derrotar a COVID-19 temos de eliminar o estigma e a discriminação, temos de colocar as pessoas no centro e temos de fundamentar as nossas respostas nas abordagens de direitos humanos e de género.
A riqueza não deve determinar se as pessoas recebem os cuidados de saúde de que necessitam. Precisamos de uma vacina para a COVID-19 e de tratamentos e cuidados contra o HIV que sejam acessíveis e disponíveis para todos em todos os lugares.
A saúde é um direito humano. A saúde deve ser uma prioridade máxima de investimento para alcançar uma cobertura de saúde universal. Neste Dia Mundial da luta contra a SIDA, reconheçamos que, para superar a COVID-19 e acabar com a SIDA, o mundo deve permanecer solidário e partilhar responsabilidades.
[Fim da leitura da mensagem do Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres]
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Em nome das Nações Unidas, gostaria de felicitar Moçambique pela mobilização feita para defender os progressos na resposta ao HIV e à SIDA realizados até aqui, para proteger as pessoas vivendo com HIV e outros grupos vulneráveis, assim como, para responder à COVID-19 de forma ampla e urgente.
As novas infecções de HIV estão diminuindo muito lentamente. Moçambique é o segundo país do mundo com maior número de novas infecções, depois da África do Sul. Devemos redobrar nossos esforços para revitalizar a prevenção do HIV. É a força dentro das comunidades, inspirada pela responsabilidade compartilhada entre nós, que contribui em grande parte para nossas vitórias.
Hoje, precisamos dessa força mais do que nunca para vencer a colisão das epidemias de HIV e COVID-19. Somente a solidariedade global e a responsabilidade compartilhada nos ajudarão a vencer o coronavírus, acabar com a epidemia de AIDS e garantir o direito à saúde para todos.
Vossa Excelência Presidente Nyusi, reitero o compromisso das Nações Unidas e dos parceiros no apoio contínuo a Moçambique para uma resposta que não deixa ninguém para trás!
Contem sempre connosco! Estamos juntos e continuaremos juntos!
Obrigada.