MAPUTO, Moçambique
- Sua Excelência a Presidente do INGD, Senhora Luisa Celma Meque;
- Ilustres membros do Governo, do corpo diplomático, comunidade humanitária e da família das Nações Unidas;
- Senhoras e senhores;
Bom dia a todas e a todos,
Gostaria de começar por agradecer a Vossa Excelência Presidente Luísa Meque, em nome da Dra. Catherine Sozi, Coordenadora Residente das Nações Unidas e Coordenadora Humanitária para Moçambique, por organizar esta reunião tão atempadamente.
Também gostaria de expressar, Vossa Excelência, as minhas condolências a todos aqueles que perderam entes queridos na passagem do Ciclone Chido e reiterar a solidariedade das Nações Unidas com o Governo e o povo de Moçambique neste momento difícil.
É inegável. As mudanças climáticas são uma realidade.
E Moçambique está na linha de frente.
Chido é mais um dos eventos climáticos extremos a atingir Moçambique, causando devastação generalizada.
Contudo, os danos causados poderiam ter sido muito piores.
Os alertas e avisos prévios permitiram que muitos que se encontravam na trajetória do ciclone tomassem medidas para protegerem a si próprios e aos seus bens.
Ao mesmo tempo que nos solidarizamos com o povo moçambicano, celebramos o sucesso de sua preparação.
Senhoras e senhores,
Nossa presença juntos aqui hoje representa nosso compromisso de apoiar o povo de Moçambique
Gostaria de reiterar que as Nações Unidas e a comunidade humanitária estão no terreno apoiando a resposta liderada pelo Governo, incluindo a avaliação das necessidades e a distribuição de bens essenciais.
Nós, juntamente com nossos parceiros, estamos intensificando o apoio a resposta.
Meu colega Bony do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários esteve com a Sua Excelência Presidente Luísa Meque a visitar comunidades afetadas em Cabo Delgado e poderá falar em primeira mão sobre o que ele pode ver no campo.
Uma coisa é clara: há comunidades onde a destruição é total.
Parceiros humanitários enviaram equipes de avaliação conjunta com o governo para os distritos afetados de Nampula e Cabo Delgado, e a assistência humanitária começou da maneira mais rápida possível.
Os números apresentados hoje são impressionantes, mas o mais preocupante é que esta é uma crise dentro de uma crise.
Pessoas deslocadas internamente, às vezes mais de uma vez, devido à complexa crise no norte de Moçambique, agora sofrem com a passagem de um ciclone.
As Nações Unidas e os parceiros humanitários estão a fazer o seu melhor para apoiar o governo os moçambicanos afetados.
Contudo, o stock limitado de suprimentos está a dificultar a resposta.
Excelências,
Precisamos urgentemente de financiamento adicional para sustentar a resposta humanitária – numa altura em que Moçambique luta contra a seca no sul do país e a própria crise em Cabo Delgado.
Não podemos deixar que a falta de financiamento faça retroceder a vulnerabilidade das pessoas no norte de Moçambique.
Nós podemos e devemos fazer a diferença.
Gostaria de aproveitar esta oportunidade para informar que o Emergency Relief Coordinator alocou a Moçambique do Central Emergency Response Fund aprovou a alocação de US$ 4 milhões em apoio à resposta inicial.
Mas muito mais é necessário.
O ciclone atingiu Moçambique em um momento em que a operação humanitária havia acabado de mobilizar US$ 5,8 milhões para preparação e resposta a riscos climáticos por meio do plano de necessidades e resposta humanitárias de 2024
Sob a liderança do Governo de Moçambique, a equipe humanitária está apoiando a preparação de um Flash Appeal.
Gostaria de pedir, mais uma vez, a comunidade internacional que apoie a resposta ao ciclone Chido em Moçambique de maneira atempada.
Contamos com todos vocês.
Muito obrigada! Kanimambo!