UE disponibiliza 3 milhões de euros para apoiar comunidades urbanas na África Austral

JOANESBURGO, África do Sul – O Programa Mundial para a Alimentação (PMA) das Nações Unidas acolhe uma contribuição de 3 milhões de euros da União Europeia (UE) para continuar a apoiar serviços nutricionais às comunidades urbanas mais vulneráveis do Lesoto, Madagáscar, Moçambique e Zimbabué.

A contribuição explorará vias exequíveis para que o PMA, os governos e os parceiros reduzam e atenuem o impacto dos choques nas comunidades vulneráveis que vivem em zonas urbanas. O objectivo é compreender, identificar e abordar os vários riscos que essas comunidades enfrentam ao serem afectadas por desastres climáticos de forma desproporcionada, resultando muitas vezes em impactos devastadores nos seus meios de subsistência.

A experiência da COVID-19 destaca o apoio inadequado prestado aos residentes urbanos pelos sistemas de protecção social emergentes na África Subsariana, especialmente os trabalhadores urbanos pobres e os trabalhadores informais excluídos da assistência social e dos seguros.

Com base nos conhecimentos cruciais obtidos na sua primeira fase em 2021, o projecto trabalhará com as autoridades regionais, nacionais e locais para desenvolver as directrizes da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, conforme sigla em inglês) as quais ajudarão a preparar melhor as respostas urbanas com o objectivo de reduzir o número de pessoas afectadas por desastres nessas áreas. Através de uma abordagem participativa multissectorial, o projecto de dois anos visa reforçar a capacidade das autoridades nacionais de gestão de desastres, da acção social e dos governos locais para melhorar a coordenação e colaboração para as actividades de preparação e resposta nas cidades.

“Estamos gratos pelo apoio prestado pela União Europeia através do seu departamento de Ajuda Humanitária”, afirmou Lola Castro, Directora Regional em funções para a África Austral. “A contribuição da UE ajudará os governos e o PMA a preparar e empoderar as comunidades urbanas, fortalecendo a sua resiliência para resistirem a perigos múltiplos e recorrentes. Para o efeito, será assegurada a prontidão e a resposta a situações de emergência que respondam às necessidades essenciais dos habitantes das cidades através de transferências de dinheiro direccionadas, preservando a dignidade e promovendo a auto-suficiência”.

Actualmente, a África Austral enfrenta uma intensificação dos rácios de malnutrição, acompanhada de insegurança alimentar ampla entre a população rural e urbana. Este ano, mais de 30 milhões de pessoas em toda a África Austral foram afectadas pela grave seca induzida pelo El Niño. No entanto, mesmo antes da seca, os níveis de insegurança alimentar e as necessidades humanitárias já eram altos devido aos desafios socioeconómicos, aos elevados preços dos alimentos e ao impacto agravado da crise climática.

O PMA e a UE mantêm-se firmes no seu compromisso de prestar assistência humanitária e apoio às pessoas mais vulneráveis e, com esta contribuição, realça-se a dedicação partilhada aos princípios humanitários e à prossecução de um mundo com “fome zero”.

O Programa Mundial para a Alimentação (PMA) das Nações Unidas é a maior organização humanitária do mundo, salvando vidas em emergências e usando a assistência alimentar para construir um caminho para a paz, estabilidade e prosperidade para as pessoas que se recuperam de conflitos, desastres e do impacto das mudanças climáticas.