Dia da Discriminação Zero
01 março 2024
- No 10º aniversário do Dia da Discriminação Zero, o ONUSIDA apela à protecção dos direitos humanos como um caminho para proteger a saúde para todos.
MAPUTO, Moçambique - O Dia da Discriminação Zero foi estabelecido pela ONUSIDA há dez anos para promover a igualdade e a justiça para todos, independentemente do género, idade, sexualidade, etnia ou estatuto serológico. No entanto, o progresso está em perigo.
Os ataques aos direitos das mulheres e das raparigas, das pessoas LGBTQ+ e de outras comunidades marginalizadas estão a aumentar. E quando leis, políticas, práticas ou normas consagram punição, discriminação ou estigma para as pessoas porque são mulheres, ou são LGBTQ+, ou são migrantes, ou profissionais do sexo, ou usam drogas, os resultados levam a problemas de saúde pública à medida que estas comunidades são empurradas longe de serviços vitais de saúde e sociais.
“Os ataques aos direitos são uma ameaça à liberdade e à democracia e são prejudiciais à saúde. O estigma e a discriminação obstruem a prevenção, testagem, tratamento e cuidados do VIH e impedem o progresso no sentido de acabar com a SIDA até 2030”, afirmou Winnie Byanyima, Diretora Executiva da ONUSIDA. “Só protegendo os direitos de todos é que poderemos proteger a saúde de todos.”
Houve progresso. No início da pandemia da SIDA, há 40 anos, dois terços dos países do mundo criminalizavam as pessoas LGBTQ+, hoje dois terços dos países não o fazem.
38 países em todo o mundo comprometeram-se a acabar com o estigma e a discriminação relacionados com o VIH e hoje há mais 50 milhões de raparigas na escola do que em 2015.
Para continuar este progresso, a ONUSIDA apela ao apoio aos movimentos de mulheres e aos movimentos pelos direitos das pessoas LGBTQ+, pela justiça racial, pela justiça económica, pela justiça climática e pela paz. À medida que as comunidades em todo o mundo defendem os seus direitos, as Nações Unidas não estão apenas do seu lado, mas ao seu lado.
Neste Dia da Discriminação Zero (1 de Março), e durante todo o mês de Março, eventos e actividades irão lembrar o mundo desta lição vital e apelo à acção: ao proteger a saúde de todos, podemos proteger os direitos de todos.
