UN-Habitat Celebra o Dia Mundial das Cidades com Foco no Género e Inclusão Social
31 outubro 2023
- O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-Habitat) celebrou, na terça-feira, 31 de outubro, na cidade de Maputo, o Dia Mundial das Cidades, marcando o encerramento do Outubro Urbano, na busca por soluções para o género e a inclusão social de grupos em situação de vulnerabilidade nas cidades.
MAPUTO, Moçambique - O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-Habitat) celebrou, na terça-feira, 31 de outubro, na cidade de Maputo, o Dia Mundial das Cidades, marcando o encerramento do Outubro Urbano, na busca por soluções para o género e a inclusão social de grupos em situação de vulnerabilidade nas cidades.
O UN-Habitat celebra o outubro Urbano, uma iniciativa anual que promove o diálogo sobre os desafios e as oportunidades das cidades em rápida mutação. Incentiva a colaboração entre as partes interessadas na urbanização sustentável, incluindo entidades governamentais, universidades, ONG e comunidades. Tendo início no Dia Mundial do Habitat (2 de Outubro) e término no Dia Mundial das Cidades (31 de Outubro), esta iniciativa destaca a urbanização sustentável e aborda as complexidades urbanas globais para um futuro urbano promissor.
No contexto das efemérides do Dia Mundial das Cidades, o UN-Habitat organizou, com o apoio da Agência Catalã de Cooperação para o Desenvolvimento (ACCD), um workshop intitulado "Urbanização, Género e Inclusão Social: Cidades para Todos e Todas". O evento, realizado com entusiasmo, reuniu diversas organizações da sociedade civil, órgãos governamentais, mulheres, crianças, jovens, idosos e pessoas com deficiência, com o objectivo de encontrar soluções para a criação de cidades e espaços públicos mais inclusivos, sustentáveis e resilientes.
Na ocasião, a Directora Nacional de Género, Geraldina Juma, destacou a importância da iniciativa para obter valiosas contribuições visando aprimorar as intervenções na construção de espaços urbanos mais inclusivos, acrescentando "Para que essa realidade seja modificada em Moçambique, é preciso que ocorram muitas transformações em diferentes níveis sociais para a resolução dos problemas urbanos."
Por sua vez, o representante do Secretário do Estado na Cidade de Maputo, Armando Muthemba, afirmou que o evento traz consigo visões de desenvolvimento sustentável que contribuem para os esforços globais, enfatizando também a importância de "contribuir para a construção de cidades inclusivas, equitativas e prósperas, proporcionando às comunidades melhores ambientes e qualidade de vida."
Durante os debates e sessões interactivas sobre temas cruciais abordados no evento, Roselly Arcádia João Sitoe, uma menina de 12 anos, afirmou “Uma cidade ideal para mim é uma cidade onde as crianças de outros lugares da estrada possam caminhar com segurança e atravessar em lugares seguros”, acreditando que, na sua opinião “podem ser projectadas infraestruturas para todos e todas, incluindo cadeirantes, pessoas com deficiência visual e auditiva."
Na mesma sessão, o representante do FAMOD, Geraldo Muiambo, abordou vários problemas enfrentados nas cidades moçambicanas que desafiam as autoridades a tornar as cidades locais mais inclusivas e seguras.
"As nossas cidades têm passeios com altura elevada, o que torna difícil para alguém que usa cadeira de rodas atravessar, e para alguém cego, devido ao passeio elevado, também enfrenta dificuldades em atravessar", disse Geraldo Muiambo.
A Chefe do Escritório Nacional do UN-Habitat em Moçambique, Sandra Roque, disse que o evento reflectiu a paixão e o compromisso das pessoas em discutir as cidades, que são fundamentais para a vida quotidiana das pessoas, numa altura em que o Governo moçambicano, através do Ministério da Administração Estatal e Função Pública, com a assistência técnica e financeira do UN-Habitat, e cofinanciamento da Cooperação Alemã e do Banco Mundial, está a elaborar uma Política Nacional de Urbanização e Estratégia de Implementação.
"A cidade é de todos nós e o nosso contributo é essencial. Vamos continuar a criar momentos como este para nos envolvermos no processo de melhoria da urbanização em Moçambique", concluiu Sandra Roque.
