Mensagem do Secretário-Geral da ONU por ocasião do Dia Internacional da Rapariga de 2023

NOVA IORQUE, EUA - A meio caminho do prazo de 2030 para os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, o mundo está a falhar com as raparigas.

Seguindo as tendências actuais, o fim do casamento infantil ainda está a 300 anos de distância. Se nada mudar, até 2030, 110 milhões de mulheres e raparigas jovens que deveriam estar nas salas de aula, não o estarão. E 340 milhões de mulheres e meninas ainda enfrentarão as duras dificuldades da pobreza extrema.

As antigas formas de discriminação contra as raparigas continuam e, em alguns casos, estão a piorar. As raparigas no Afeganistão são incapazes de exercer os seus direitos e liberdades mais básicos, confinadas às suas casas, sem esperança de educação ou independência económica.

Estão a surgir novas formas de preconceito e desigualdade. A exclusão digital significa que muitas meninas são excluídas do mundo online. Algoritmos baseados na experiência de homens e rapazes estão a digitalizar e a amplificar o sexismo.

No entanto, em todo o mundo, as raparigas estão a reagir – confrontando o sexismo, combatendo os estereótipos e criando mudanças, nos campos de futebol, nas escolas e na praça pública. Devemos ficar com eles.

A minha proposta de um estímulo aos ODS para colocar os Objectivos no caminho certo está a ganhar força. E devemos investir na liderança das raparigas – o tema do Dia Internacional da Rapariga deste ano – para apoiar as raparigas a alcançarem as suas ambições e para impulsionar a igualdade de género. Quando as mulheres e as raparigas lideram, podem mudar atitudes, criar mudanças e promover políticas e soluções que atendam às suas necessidades.

Mulheres e meninas podem nos levar a um futuro mais justo. Neste Dia Internacional da Menina, vamos amplificar as vozes das meninas e renovar o compromisso de trabalhar juntos para construir um mundo onde cada menina possa liderar e prosperar.