Declaração do Enviado Pessoal do Secretário-Geral das Nações Unidas para Moçambique e Presidente do Grupo de Contacto

VUNDUZI, Moçambique - Hoje, testemunhamos a desmobilização do último grupo de ex-combatentes da Renamo e o encerramento da base militar de Vunduzi, na província de Sofala, a última base da Renamo que ainda estava activa. Este é um dia histórico e assinala um novo capítulo para Moçambique. Marca o culminar de anos de trabalho árduo, perseverança e dedicação. Vunduzi é um local de especial importância, dada a sua relevância histórica para a Renamo e o facto de ser a última base a ser encerrada no processo de desarmamento, desmobilização e reintegração (DDR). Felicitamos o Presidente Filipe Nyusi e o líder da Renamo, Ossufo Momade, pelo seu compromisso para com a paz e elogiamos a sua persistência e resiliência com vista à conclusão das actividades de DDR.

Desde a assinatura do Acordo de Maputo para a Paz e Reconciliação Nacional, em 2019, foram realizadas com sucesso actividades de desarmamento e desmobilização com todos os ex-combatentes das dezasseis bases. Os beneficiários do DDR desmobilizados nos últimos quatro anos estão agora a desfrutar de uma vida em paz nas suas comunidades. Saudamos a liderança da Comissão de Assuntos Militares, que orientou o processo em todos os momentos, e a competência dos Grupos Técnicos Conjuntos, em particular do Grupo de Monitoria e Verificação, que passou longos períodos no terreno para garantir que as actividades decorressem sem problemas e fossem concluídas com êxito. Reconhecemos também o trabalho resiliente de outros colegas, parceiros e prestadores de serviços que apoiaram a implementação do DDR em todo o país.

Embora o encerramento da base de Vunduzi marque o fim de uma fase do processo de paz, continuamos empenhados e focados no apoio à reintegração dos beneficiários do DDR. Continuaremos a promover a reconciliação em Moçambique e a defender o diálogo e a resolução pacífica de conflitos para salvaguardar o futuro desenvolvimento e a prosperidade do país.

A conquista de hoje pertence a todos e a cada moçambicana e moçambicano, cujo bem-estar e segurança futuros foram a força motriz por de trás do processo. As Nações Unidas continuam a ser um parceiro comprometido no apoio a Moçambique no seu caminho rumo a uma paz duradoura.