MAPUTO, Moçambique - Ao discursar na 76ª Assembleia Geral da Saúde, Nyusi defendeu que haja uma coordenação internacional mais robusta para responder de forma “rápida, eficiente e equitativa” a futuras emergências de saúde.
Falando na plenária, o presidente destacou que Moçambique tinha 96,6% das pessoas vacinadas, ressaltando “os altos níveis de vacinação e formação de profissionais de saúde”.
Segundo o chefe de Estado moçambicano, os sistemas de saúde carecem de mais fundos, preparação para atuar em emergências e consolidação da resiliência que podem ser assegurados com mais investimentos na Organização Mundial da Saúde.
O Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, fez um apelo aos países para que realizem reformas necessárias em preparação de uma próxima pandemia.
Tedros Ghebreyesus advertiu aos Estados-membros que essa é uma realidade, que pode ocorrer a qualquer momento. O alerta ocorre, três anos após a pandemia da Covid-19, e quando a agência inicia sua 76ª Assembleia Mundial da Saúde.
O chefe da OMS mencionou que o evento é uma oportunidade valiosa para que líderes tracem uma via clara para esse futuro e que se as mudanças não forem feitas de imediato, o mundo estaria sob risco.
Aproximar a população dos serviços
“Nós estivemos a participar nos 75 anos da Organização Mundial de Saúde e era uma sessão da assembleia. Dali, fez-se a radiografia do crescimento até atual momento. Isso foi feito pelo diretor-geral da OMS. Mas, a nossa missão foi mais no sentido, primeiro, de reconhecer o papel da organização. E segundo, transmitir a nossa experiência e contribuição. Nós escolhemos o caso concreto de como gerimos o Covid-19. E depois, outros projetos como a iniciativa Um distrito, um hospital, e assim sucessivamente, para aproximar a nossa população dos serviços de saúde.”
Já na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, Nyusi encontrou-se com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, às margens de uma reunião do Conselho de Segurança sobre a proteção de civis em conflitos.
O Presidente destacou uma colaboração pós-pandemia com foco no campo da imunização.
“Mais uma vez reafirmar a vontade do presidente para visitar Moçambique. Estamos muito fortes na cooperação com o Brasil na área de saúde. Então dissemos que será a oportunidade para podermos reatar os nossos acordos nesse sentido. e até sugeri para começar a pensar na produção de vacinas em Moçambique”.
Moçambique já teve parceria com o Brasil para abrir uma fábrica de remédios e treinamento de profissionais. A Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz, colaborou com a Sociedade Moçambicana de Medicamentos na iniciativa.