ONU Mulheres e Sociedade Civil encerram o Fórum Regional Sul de Redes de Mulheres e Jovens contra a SIDA

MAPUTO, Moçambique - -  A ONU Mulheres, em parceiria com a Associação Sócio Cultural Horizonte Azul (ASCHA), conduziu, nos dias 23 e 24 de Junho, sessões de capacitação direccionadas a cerca de 80 mulheres e raparigas do sul do país com vista a travar os efeitos da epidemia.



O Fórum avaliou e traçou caminhos de solução em torno do impacto das normas de género, práticas nocivas e o engajamento masculino na prevenção e ou multiplicação de infecção pelo HIV entre mulheres e raparigas na região sul de Moçambique (Maputo, Maputo-cidade, Gaza e Inhambane). 

Contexto

O HIV continua sendo uma crise de saúde global. Em 2020, registou-se 1,5 milhões de novas infecções do HIV, das quais 60% ocorreram na África Subsaariana. Em Moçambique, 63% das pessoas vivendo com HIV são mulheres e raparigas.



Cerca de 30% das pessoas seropositivas no país são raparigas e mulheres jovens, na faixa etária dos 15 a 24 anos de idade.



O HIV é também a maior causa de morte entre mulheres e raparigas de idade reprodutiva (15 a 44 anos). As desigualdades de género, o estigma e a descriminação, a violência baseada no género, o sexo intergeracional e outras práticas culturais e económicas prejudicionais ameaçam fazer recuar os ganhos duramente alcançados para o combate à pandemia.

Sobre o Fórum

80 líderes associativos e activistas de organizações comunitárias de base e redes de mulheres contra o SIDA idos dos distritos das provincias de Inhambane, Maputo, Cidade de Maputo e Gaza tomaram parte do Fórum.



As sessões de trabalho e promoção de capacidade foram facilitadas pela Associação Sócio-Cultural Horizonte Azul (ASCHA), com o apoio técnico e financeiro da ONU Mulheres e ONUSIDA, em estreita colaboração com o Conselho Provincial de Combate ao SIDA – órgão coordenador.

"Trabalhamos muito para demonstrar os nossos direitos como pessoas com o albinismo. A pessoa albina já tem medo de sair à rua. E quando é seropositiva, tem medo de ir ao centro de saúde. Qualquer ser humano tem todo o direito de se empoderar" - Carolina Massingue, Tesoureira da organização Amor à Vida.



"Estou a gostar de ver que esta doença está a ser relacionada com a situação de género. Por vezes defendemos uma situação, sem sabermos que as duas estão conectadas" - Laura Félix Tamele, Associação Sócio Cultural Horizonte Azul, 17 anos, Activista e Mentora, Maputo.

Resultados

Participação activa de mulheres e raparigas vivendo com o HIV em organizações comunitárias. Com especial atenção aos programas comunitários, e aos processos de tomada de decisão relacionados ao HIV e SIDA.  

Fortalecida a lliderança das mulheres e raparigas em tópicos da conscientização do HIV e SIDA, bem como tópicos relacionados à epidemia tais como as normas socioculturais e a necessidade de serviços para mulheres e raparigas vulneráveis.  

Definidas estratégias para um envolvimento eficiente de homens e rapazes nos programas relacionados à saude sexual e reprodutiva.

Fotos do evento: https://bit.ly/3u9T5t9

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