Comunicado de Imprensa

Mensagem do Secretário-Geral da ONU por ocasião do Dia Internacional para a Abolição da Escravatura

02 dezembro 2021

  • Mensagem do Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, por ocasião do Dia Internacional para a Abolição da Escravatura
  • O Dia Internacional pela Abolição da Escravatura é um dia de memória e reconhecimento e um chamado urgente à ação.
  • Nunca devemos esquecer o sofrimento incomensurável de milhões de homens, mulheres e crianças africanos sob o mal do comércio transatlântico de escravos.

NOVA IORQUE, EUA - O Dia Internacional pela Abolição da Escravatura é um dia de memória e reconhecimento e um chamado urgente à ação.

Nunca devemos esquecer o sofrimento incomensurável de milhões de homens, mulheres e crianças africanos sob o mal do comércio transatlântico de escravos.

Honramos a resiliência daqueles que resistiram e prestamos homenagem àqueles que sacrificaram suas vidas na busca universal pela liberdade.

O legado racista da escravidão reverbera até hoje.

E embora alguns possam acreditar que a escravidão é uma coisa do passado, esse mal continua a arruinar nosso mundo moderno.

Servidão por dívida, servidão e trabalho forçado, tráfico de pessoas para fins de exploração - incluindo exploração sexual, casamento forçado, trabalho infantil - e o recrutamento de crianças em conflitos armados - são manifestações contemporâneas da escravidão.

Todos são crimes e violações flagrantes dos direitos humanos.

A escravidão moderna muitas vezes se esconde à vista de todos.

Das mais de 40 milhões de vítimas da escravidão hoje, uma em cada quatro são crianças; três em cada quatro são mulheres e meninas.

Alguns são forçados a produzir as roupas que vestimos, os alimentos que comemos ou construir os edifícios em que vivemos e trabalhamos.

Os grupos pobres e marginalizados - em particular as minorias raciais e étnicas, povos indígenas, refugiados e migrantes - correm o maior risco.

Mulheres e raparigas de grupos minoritários estão entre as mais vulneráveis ​​de todas.

Há duas décadas, a Declaração e o Programa de Ação de Durban reconheceram a conexão entre racismo, discriminação e tráfico de pessoas.

A pandemia da COVID-19 destacou a urgência de maior vigilância. Devemos garantir um trabalho decente e prevenir as violações dos direitos humanos nas cadeias de abastecimento globais.

Exorto os Estados-Membros, a sociedade civil e o setor privado a fortalecer a ação coletiva para acabar com a prática hedionda da escravidão.

Exorto todos os países a intensificarem seus esforços para identificar e proteger as vítimas e sobreviventes - inclusive contribuindo para o Fundo Fiduciário Voluntário das Nações Unidas sobre Formas Contemporâneas de Escravidão.

Vamos unir forças para acabar com a degradação e a desumanidade da escravidão moderna de uma vez por todas.

Helvisney dos Reis Cardoso

Helvisney dos Reis Cardoso

RCO
Conselheiro de Comunicação e Coordenação

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