Secretário-Geral emitiu nota elogiando o governo e a comunidade científica na África do Sul pela rápida ação após descobrir variante Ômicron do novo coronavírus
MAPUTO, Moçambique - As Nações Unidas expressaram preocupação com o isolamento de países do sul da África após a variante Ômicron, do novo coronavírus, ter sido detectada na região.
Segundo os cientistas sul-africanos, a nova variante tem muitas mutações e é considerada pela Organização Mundial da Saúde, OMS, de “preocupação”.
Emergência
Em nota, o secretário-geral, António Guterres, elogiou a comunidade médico-científica da África do Sul por reportar a emergência ao mundo, de forma rápida. O anúncio ocorreu na semana passada. Mas o isolamento dos países do sul da África com a proibição de viagens, decretada logo depois por várias nações, causou “profunda preocupação” ao chefe da ONU.
Para Guterres, as baixas taxas de vacina são as responsáveis pelo surgimento das variantes. Segundo ele, o povo africano não pode ser culpado pelos “níveis baixos e imorais” de vacinação no continente.
Transmissão
O secretário-geral disse que os africanos tampouco podem ser penalizados por identificar e partilhar informações de ciência e saúde com o resto do mundo. Ele apelou aos governos para considerarem testes de Covid-19 para viajantes e medidas apropriadas como o objetivo de evitar o risco de transmissão, ao mesmo tempo em que permitem viagens e o fluir da economia.
Nesta segunda-feira, ao abrir uma sessão especial da Assembleia Mundial da Saúde, o chefe da OMS, Tedros Ghebreyesus, afirmou que o surgimento da Ômicron só mostra como a situação da pandemia ainda é perigosa e precária.
Agências de notícias informaram que Israel e Japão fecharam inteiramente o país para entrada de viajantes estrangeiros. Já Estados Unidos, Países Baixos ou Holanda, Brasil e outras nações anunciaram proibição de viagens para cidadãos do sul da África.