De indivíduos à comunidade: Voluntários da ONU ajudando refugiados e pessoas internamente deslocadas
20 junho 2021
Legenda: Danielle Scarpassa do Prado, Oficial Associada de Proteção Comunitária Voluntária da ONU, durante treinamento sobre violência baseada em gênero. Isso foi realizado em conjunto com parceiros governamentais no Assentamento de Refugiados de Maratane.
Em Moçambique, duas voluntárias da ONU estão fazendo mudanças visíveis na comunidade, protegendo refugiados e pessoas internamente deslocadas.
Maputo, Moçambique - Para comemorar o Dia Mundial do Refugiado em 20 de junho, duas voluntárias da ONU compartilham como estão ajudando os vulneráveis a acessar os serviços de que precisam para um futuro melhor. Danielle e Deiliany trabalham no Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em Moçambique, apoiando pessoas de interesse - incluindo refugiados, pessoas deslocadas e outros.
Danielle Scarpassa do Prado (Brasil) é uma Oficial Associada de Proteção Comunitária, Voluntária da ONU, servindo com o ACNUR na Província de Nampula. Ela é responsável por lidar com a prevenção da violência de gênero, mitigação e resposta a riscos, educação e proteção de pessoas com necessidades especiais.
Através da sua missão, Danielle está a responder à prolongada situação de refugiados na Província de Nampula e com pessoas deslocadas internamente. Por meio de uma abordagem baseada na comunidade, ela interage diretamente com as comunidades, estabelece laços de confiança e garante que as vozes e o envolvimento dos refugiados sejam incluídos no planejamento de proteção.
“A proteção é um trabalho invisível, mas essencial; nós é que precisamos ser ouvintes atentos e devemos usar a habilidade de percepção para reconhecer as preocupações das pessoas e incluir suas vozes em nossos planos de resposta ”, Danielle Scarpassa do Prado, Oficial Associada de Proteção Comunitária, Voluntária da ONU, ACNUR.
Legenda: Campo de refugiados de Maratane, Província de Nampula.
Deiliany Souza (Brasil) é Oficial de Proteção com Base na Comunidade, Voluntária da ONU, para o ACNUR em Moçambique. No terreno, ela tem respondido às necessidades vitais de proteção de refugiados e pessoas internamente deslocadas devido a crise humanitária no norte do país.
Como Oficial de Proteção com Base na Comunidade, Deiliany tem implementado projetos que colocam a comunidade afetada, tanto os deslocados quanto a população local, no assento do motorista, para que possam enfrentar os desafios por conta própria.
Além disso, ela participa de um projeto em que os deslocados podem ter acesso a aconselhamento jurídico para obter novos documentos. Ela menciona que isso foi particularmente inspirador, pois a equipe poderia devolver dignidade a tantos que foram forçados a deixar a prova de sua própria identidade para trás.
Legenda: Funcionários do ACNUR se preparam para distribuir colchões e cobertores para famílias que fogem da violência em Palma, no norte de Moçambique, em abrigo temporário instalado peloas autoridades nacioanais com ajuda de parceiros.
O trabalho de Deiliany também inclui a abordagem da violência de gênero na comunidade de refugiados.
"Ao ouvir as vozes dos sobreviventes e sua luta, pude ver sua força incrível; Eles só precisavam de pessoas em quem pudessem confiar e que pudessem apoiá-los e ficar ao lado deles enquanto se recuperavam e aumentavam sua resiliência", Deiliany Souza, Oficial de Proteção com Base na Comunidade, Voluntária da ONU, ACNUR.
“Ser voluntária me dá a chance de ver a vida como uma oportunidade de servir aos outros. Embora o trabalho que fazemos possa ser uma gota no oceano, este pode um dia tornar o mundo um lugar melhor para todos - especialmente os mais vulneráveis, mulheres, crianças, pessoas com deficiência e idosos”, continua Deiliany.
Em Moçambique, há 109 voluntários da ONU, sendo 80 nacionais e cerca de 29 voluntários internacioanais, em oito das onze províncias do país durante o ano passado. Dentre eles, 45 são mulheres e 54 homens trabalhando para o PMA (45), PNUD (24), UNICEF (15), UNFPA (08), UNRCO (1), UNESCO (1), UNCDF (1), UNOCHA (2) e ACNUR (08).
A COVID-19 apresentou desafios sem precedentes em 2020. Os parceiros recorreram ao UNV para ajudar a aumentar a preparação e os esforços de resposta e aumentar a capacidade local.
No final do ano, o UNV mobilizou mais de 1.000 voluntários em 105 países para servir com 26 entidades em atribuições relacionadas à COVID-19. Destes, 85 por cento eram voluntários nacionais da ONU e 54 por cento eram mulheres.