Feira da Justiça marca Dia Internacional para a Conscientização do Albinismo em Maputo

Maputo, Moçambique - As Nações Unidas e Governo de Moçambique marcam nesse domingo (13) o Dia Internacional para a Conscientização do Albinismo. Em Maputo, celebrações aconteceram no Jardim Tunduru com uma Feira da Justiça, exposição de fotos e a celebração dos direitos humanos.

O evento foi organizado a UNESCO, a OHCHR, UNFPA, UNDP e IOM, em parceria com o governo e organizações de pessoas com albinismo (Khanimambo e a AZEMAP) no âmbito do Plano de Acção Multisectorial sobre Albinismo lançado pelo Governo de Moçambique em 2015.

Desde 13 de Junho de 2015, o dia em que as Nações Unidas aprovou a Resolução 69/170, o mundo se junta para consciencializar as pessoas sobre a necessidade de proteger e promover os direitos humanos das pessoas com albinismo (PcA) e combater o crime hediondo contra estas pessoas.

“O compromisso do Governo é garantir cada vez mais a proteção das pessoas vivendo com Albinismo com o apoio das Nações Unidas e parceiros”, afirmou Cláudio Mate, Ministério da Justiça Assuntos Constitucionais e Religiosos, durante o evento.

Moçambique, um dos países onde se registam mais casos de violência contra as PcA, adoptou o seu Plano de Acção Multisectorial sobre Albinismo em 2015. Desde então, têm implementado várias actividades inseridas no seu Plano de Acção com o apoio de vários parceiros, Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura (UNESCO), Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos (OHCHR), a Organização das Nações Unidas para População (UNFPA), Organização Internacional de Migração (OIM) e o Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD).

Em sua mensagem para a data, o Secretário-Geral da organização, António Guterres, reiterou sua solidariedade para com as pessoas com albinismo.

O tema do dia este ano é “Força além de todas as probabilidades”.

“Este tema reflete a resiliência, perseverança e realizações de pessoas com albinismo perante conceitos errôneos generalizados, discriminação e violência. Apesar desses obstáculos ao bem-estar e à segurança, os líderes de organizações que representam pessoas com albinismo continuam a trabalhar arduamente para apoiar os mais vulneráveis”, destacou Guterres.

“Sinto-me encorajado pelo fato de as pessoas com albinismo estarem cada vez mais ocupando seu lugar de direito nas plataformas de tomada de decisão em todo o mundo, levando a compromissos significativos, como o Plano de Ação sobre o Albinismo na África. E saúdo o trabalho da especialista independente das Nações Unidas em albinismo, na promoção dos direitos das pessoas com albinismo”, acrescentou.

Guterres lembrou, no entanto, que ainda há muito a fazer.

“Há uma necessidade profunda de desmistificar a condição e acabar com a discriminação. Aproveito esta oportunidade para apelar a todas as nações e comunidades que protejam e respeitem os direitos humanos de todas as pessoas com albinismo e garantam o apoio e os cuidados necessários”.