Maputo, Moçambique - Moçambique conta com o apoio de agências das Nações Unidas para que seja garantida uma rápida distribuição de uma futura vacina contra a Covid-19, assim que chegue ao país.
Mecanismos e canais para agilizar esse processo já estão em preparação, segundo o Representante Residente Interino em Moçambique da Organização Mundial da Saúde, OMS.
Expectativa
Ao ser questionado em Maputo sobre o possível acesso aos tratamentos ainda em teste contra o coronavírus, Tomás Valdez disse haver muita expectativa em relação ao processo em curso.
“Há uma esperança. Há também uma luz no fundo do túnel que todo o trabalho que está sendo desenvolvido, a nível internacional, relativamente à continua procura por medicamentos mais eficazes. Para dizer de que Moçambique faz parte desse solidarity trial e está a dar também a sua contribuição em termos de ensaios clínicos para a obtenção de uma melhor resposta terapêutica para tratar as pessoas que estiverem doentes da Covid-19”, afirmou Dr. Valdez.
A agência está entre os parceiros do governo que ajudaram o país a adquirir mais de 200 mil testes contra a Covid-19. Além disso, Moçambique capacitou especialistas em vários níveis e recebeu apoio técnico internacional.
Para o representante, este auxílio ajudou a baixar o impacto da doença no país que teve 0,8% de mortes em cerca de 14,5 mil casos notificados desde março passado. Por esta resposta, Moçambique está em 13º lugar entre os 47 Estados da região africana da OMS.
Preparação
“Todos nós como todo o mundo, a nível global, estamos esperançados de que muito proximamente, nos próximos meses, poderemos ter alguma vacina que apoie na resposta aguda a esta pandemia. Moçambique com seus parceiros, a OMS, o Unicef, o Banco Mundial e outros, já está neste processo de preparação, criando os mecanismos, as plataformas em termos de fazer a avaliação daquilo que vão ser as necessidades e como fazer a distribuição dessa vacina, assim que ela estiver disponível no país” - Dr. Valdez, Representante Interino da OMS em Moçambique
Neste momento, a prioridade da agência é a atenção de todos para as medidas de prevenção. O representante interino apelou os moçambicanos a “não relaxar” no cuidado, recomendando que se continuem respeitando e difundindo essas regras.
Sem prever o momento de chegada da vacina, após a futura aprovação, Valdez destacou que nenhum país estará protegido se outros estiverem fora do mecanismo internacional para proteger a todos de uma forma igual no acesso à imunização.
Ele realçou o mérito da OMS e da Aliança Internacional de Vacinas Gavi, que lideram a iniciativa global de vacinas que faz parte do Acelerador de Acesso às Ferramentas contra a Covid-19.
Vacina
“Sabemos que todo o mecanismo de preparação para a introdução dessa vacina também já está em curso. Moçambique é um dos beneficiários no quadro dos países que beneficiam dos apoios da Gavi, e aqui tendo a OMS e o Unicef nesse apoio direto. Mas há uma coisa também que a nível global já foi desenvolvida, que são os mecanismos por uma partilha justa e equânime da vacina quando ela estiver disponível”.
Valdez destacou ainda que “a corrente de solidariedade global é enorme” e vai permitir que nações em desenvolvimento como Moçambique estejam entre as que vão receber e se beneficiar da futura vacina.