GUIJÁ, Moçambique
- Sua Excelência a Presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres, Senhora Luísa Meque;
- Sua Excelência o Secretário de Estado da Província de Gaza, Senhor Jaime Neto;
- Sua Excelência a Governadora da Província de Gaza, Margarida Mapandzene Chongo;
- Excelentíssimo Administrador do Distrito de Guijá, Senhor Jaime Mugabe;
- Ilustres membros do Governo, do Corpo Diplomático, da sociedade civil e das Nações Unidas;
- Queridos jovens e crianças aqui presentes;
Bom dia a todas e a todos!
É uma honra estar aqui hoje, em nome da Dra. Catherine Sozi, Coordenadora Residente das Nações Unidas e Coordenadora Humanitária para Moçambique, e de toda a Família das Nações Unidas, para comemorarmos juntos o Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres.
Antes de começar, gostaria de pessoalmente expressar os meus parabéns ao INGD, em nome de Vossa Excelência a Presidente Luísa Meque, pela liderança contínua, que salva e sustenta vidas.
É inegável que estamos enfrentando uma emergência climática e Moçambique está na linha de frente.
Todos aqui ainda guardamos na memória a devastação causada pelos ciclones Idai e Kenneth, e mais recentemente, Freddy, Chido e Dikeledi.
Estes eventos lembram-nos de uma verdade essencial: não podemos deixar a falta de financiamento afetar o fortalecimento da resiliência de cada mulher e homem, de cada criança, jovem e idoso, de cada comunidade em Moçambique.
Minhas senhoras e senhores,
Para assinalar esta data, gostaria de ler a mensagem do Secretário-Geral da ONU, Engenheiro António Guterres.
[Início da mensagem do Secretário-Geral]
À medida que a crise climática se acelera, os desastres se multiplicam e se amplificam – devastando vidas e meios de subsistência, apagando décadas de ganhos em desenvolvimento em um instante.
O custo para a economia global é impressionante: estima-se que ascenda a US$ 2 trilhões de dólares norte-americanos por ano, considerando os custos indiretos.
No entanto, o financiamento para reduzir as repercussões permanece perigosamente baixo.
Apenas 2% da assistência ao desenvolvimento e, frequentemente, menos de 1% dos orçamentos governamentais são dedicados à redução do risco de desastres.
Isso não é apenas uma lacuna – é um erro de cálculo.
Cada dólar investido em infraestrutura resiliente em países em desenvolvimento economiza US$ 4 dólares quando os desastres acontecem.
O tema do Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres deste ano nos lembra da necessidade de financiar a resiliência.
Governos e doadores devem aumentar os investimentos na redução do risco de desastres.
Os setores público e privado devem integrar o risco em todas as decisões – para reduzir a exposição e a vulnerabilidade aos perigos.
E a resiliência deve ser incorporada nos fundamentos do desenvolvimento.
Neste Dia, vamos nos comprometer a enfrentar o risco crescente com um aumento dos fundos e construir um futuro mais seguro e equitativo para todos.
[Fim da mensagem do Secretário-Geral]
Minhas senhoras e meus senhores, caros jovens,
Mais da metade da população moçambicana tem menos de 18 anos.
Vocês são aliados indispensáveis na nossa resposta à crise climática que vivemos e na redução do risco de desastres que precisamos.
Vocês não são meros destinatários de decisões, mas são os arquitetos do futuro sustentável, resiliente e próspero de Moçambique.
Neste Dia Internacional para Redução do Risco de Desastres, e todos os dias, devemos às gerações futuras moldar um amanhã mais seguro e resiliente.
Sabemos que, para que isso se torne realidade, será necessário ainda mais apoio, mais liderança e mais recursos.
Contem com as Nações Unidas para enfrentarmos juntos a crise climática e ganharmos esta batalha.
Juntos podemos construir um Moçambique mais resiliente e garantir que todos tenham a oportunidade de prosperar, mesmo face aos desafios mais poderosos da natureza.
Muito obrigada. Kanimambo.